"Muito obrigado, Brasil!", diz capitão do navio turco no desembarque em Rio Grande
Sobreviventes do incêndio em alto-mar desembarcaram às 10h50min da fragata Bosísio
Fonte: Zero Hora - Por: Guilherme Mazui
Sobreviventes do incêndio em alto-mar desembarcaram às 10h50min da fragata Bosísio
Fonte: Zero Hora - Por: Guilherme Mazui
Desembarcaram, por volta das 10h50min, no Porto de Rio Grande, os sobreviventes do acidente com o navio de bandeira turca Düden, que ocorreu na costa gaúcha, no domingo. Os 22 resgatados, dos quais 20 são da Turquia e dois do Azerbaijão, foram instruídos a não dar declarações. Apenas acenaram para os marinheiros que participaram do resgate.
— Muito obrigada, Brasil! — resumiu, em inglês, o capitão da embarcação, Gürhan Deper, que é de origem turca.
A Polícia Federal já tem a lista com os nomes dos tripulantes. A vítima foi identificada como Seyfettin Dalgiter. Ele era turco, e oficial de segurança do navio. Segundo a polícia, a identificação foi feita por eliminação, já que o corpo foi carbonizado no incêndio. Somente o exame de DNA irá confirmar a identidade.
Em duas vans, os sobreviventes seguiram do porto para o Hotel Taufik. Segundo a delegada da PF em Rio Grande, Janaína Braido, hoje eles irão descansar e amanhã, começar a depor.
Os sobreviventes foram resgatados em alto-mar pela fragata Bosísio, que participava da Operação Laçador em Rio Grande. A fragata atracou no porto por volta das 9h. O capitão Claudio D'Alberto Senna concedeu uma entrevista coletiva, e somente depois os sobreviventes deixaram o navio.
A agonia dos tripulantes do navio mercante, que estava de passagem pela costa gaúcha, durou quase um dia. Com incêndio a bordo desde o início da tarde de domingo, precisaram esperar até a manhã de ontem para abandonar a embarcação, num resgate feito a conta-gotas.
O helicóptero da Marinha salvou uma pessoa por vez. Dos 22 resgatados, 20 são da Turquia e dois do Azerbaijão, e a vítima fatal ainda não foi identificada. Com boa parte do convés e do maquinário destruídos, o navio mercante que transportava grãos e cereais segue à deriva na costa gaúcha.
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