EUA e Rússia tentam ampliar segurança na web

Fonte: Resenha CCOMSEX - Via: Plano Brasil

The New York Times

Washington muda enfoque diante do aumento de armas cibernéticas EUA, Rússia e a Comissão das Nações Unidas para controle de armamentos, iniciaram conversações com o objetivo de aumentar a segurança na internet e limitar o uso do espaço cibernético para fins militares.

Autoridades americanas e russas até agora interpretavam essas conversações de modo diferente, mas o simples fato de os EUA decidirem participar representa uma importante mudança política, depois de anos rejeitando as propostas da Rússia. Segundo autoridades, o governo de Barack Obama entendeu que mais países estão desenvolvendo armas cibernéticas e é necessário um novo enfoque para neutralizar uma corrida armamentista.

Nos últimos dois anos os ataques pela internet contra sistemas de computadores de empresas e governos multiplicaram-se, chegando a milhares por dia. Hackers já comprometeram computadores do Pentágono, roubaram segredos industriais e bloquearam websites de companhias e governos. Obama ordenou um exame da segurança da internet do país e deve nomear um encarregado para coordenar a política nacional.

Em 12 de novembro, uma delegação chefiada pelo general Vladislav Sherstyuk, vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, esteve em Washington, onde se reuniu com representantes do Conselho de Segurança Nacional, dos Departamentos de Estado, da Defesa e da Segurança Interna. Segundo fontes, houve um avanço para a superação das divergências entre os dois países.

Duas semanas mais tarde em Genebra, os EUA aceitaram discutir a questão da segurança na internet e tecnologias de guerra cibernética com representantes da Comissão da ONU sobre desarmamento e segurança internacional. Antes, os EUA insistiam em discutir tais questões dentro da Comissão de Assuntos Econômicos.

TRATADOS

Os russos sustentam que os desafios representados pelas atividades militares para as redes de computadores civis podem ser mais bem resolvidos por meio de um tratado internacional, similar àqueles que limitam a disseminação de armas biológicas, químicas e nucleares.

Os EUA se opuseram, argumentando ser impossível traçar uma linha entre o uso comercial e militar de software e hardware. Agora, a relação é mais cordial. “Nos últimos meses tem havido mais sinais de cooperação entre EUA e Rússia”, disse Veni Markovski, assessor do chefe da segurança na internet da Bulgária, que representa a Rússia na organização que atribui nomes de domínio na internet.