Se o TIE Fighter é o maior símbolo do Império, o caça de que falaremos agora é o maior símbolo da Aliança Rebelde e da luta para restaurar a liberdade na Galáxia!
Também é o caça preferido dos melhores e mais audazes ases que a Galáxia já viu, o Rogue Squadron. Não deu origem a inúmeras variantes como o TIE, mas pelo contrário foi continuamente aperfeiçoado ao longo de muito tempo, combatendo tudo que o maligno Império Galáctico lhe jogava em cima. E por fim, todo mundo que é fã de Star Wars tem, evidentemente, um tremendo fetiche pelo símbolo primeiro desse que é o maior universo da história do cinema, ou seja, o sabre-de-luz! Mas existe esse outro objeto do desejo que é quase tão bom quanto, especialmente se você não é muito íntimo da Força. E se falamos anteriormente no Autech da Estrela da Morte, este foi nada menos que o caça que destruiu a colossal estação de batalha, e participado da destruição da segunda arma de terror do Império.
Claro que estamos falando do X-Wing!
O T-65 X-Wing Fighter, seu nome completo, é um descendente do velho caça Z-95 Headhunter, construído pelas empresas Incom Corporation e Subpro pouco antes da invasão de Naboo. O X-Wing igualmente incorporou lições aprendidas com o caça-bombardeiro de três lugares ARC-170 (ARC é abreviatura de Aggressive Reconnaissance). Quando o Império nacionalizou a Incom, técnicos e outros funcionários da empresa, que eram simpáticos a causa da Rebelião, aproveitaram o ataque rebelde que resultou na Batalha de Fresia para fugir e levar para os rebeldes vários protótipos do X-Wing. Logo o novo caça caiu nas graças da Aliança, devido a sua versatilidade.
Como poucos outros caças, o X-wing possuía um hyperdrive, o que encaixava perfeitamente na estratégia rebelde de ataques rápidos com retirada imediata. Essa versatilidade fazia com que os esquadrões rebeldes pudessem dispensar naves maiores, que levassem os caças até próximo de seu alvo. Por outro lado, a eterna falta de suprimentos, e as poucas linhas de montagem em suas bases secretas, faziam cada X-Wing valer seu peso em ouro, sendo continuamente usado nas mais variadas missões. Reflexo disso era ser raro ver um caça novo, e quase todo X-Wing tinha uma aparência bem desgastada.
A razão de seu nome, claro, era sua aparência quando visto de frente ou de trás, com as asas em posição de ataque. Normalmente, para vôo de translado ou no hiperespaço, as asas em um mesmo lado ficam juntas uma da outra, quando nos modelos iniciais não se poderia utilizar os quatro canhões laser Taim & Bak KX9, montados nas pontas das mesmas. Estes, por sinal, podem disparar juntos ou alternados. Além dessas armas, o X-Wing conta com dois lançadores de torpedos de prótons, que podem eventualmente ser substituídos por mísseis de concussão. Contudo, isso implica em grandes modificações no sistema de armas, e como cada X-Wing tem sempre pouco tempo em terra antes de partir novamente em missão, normalmente é preferível o uso dos torpedos.
Inclusive, nos primeiros tempos da Guerra Civil Galáctica, a Rebelião tinha suprimentos limitados de torpedos de prótons, devido a seu alto preço. Mesmo na Batalha de Yavin, cada X-wing carregava apenas um par de mísseis. Por sinal, o sistema de computador mira dos torpedos é o Anq 3.6, com efetividade de 98,7 por cento. Claro que, se você souber usar a Força, esse não será um acessório muito utilizado...
Os quatro motores sub-luz são 4L4 de empuxo de fusão, e modelos mais recentes podem quase igualar a velocidade do interceptador A-Wing. Já mencionamos o hyperdrive, e os cálculos para o vôo pelo hiperespaço ficam por conta de um astrodróide R2, para o qual existe um compartimento logo atrás do cockpit. O dróide ainda pode operar sistemas, e até mesmo pilotar o caça, possibilitando ao piloto descansar em deslocamentos.
Muito interessante, e conveniente para a Rebelião, é que o X-Wing tem controles praticamente idênticos ao do transporte civil T-16, também produzido pela Incom. Isso possibilita que pilotos para X-Wing sejam treinados mesmo em planetas com forte presença imperial! Um piloto razoavelmente talentoso, e com suficiente experiência no T-16, pode pilotar um X-Wing apenas poucas horas após entrar pela primeira vez no caça. E o treinamento no T-16 igualmente permite que os preciosos e poucos X-Wing continuem voando suas missões, sem necessidade de interromper a estratégia da Aliança.
Por sinal, o T-16 é aquela miniatura com que Luke se distrai, logo após conhecer C-3PO e R2-D2 em Uma Nova Esperança. O garoto na verdade possuía um transporte no qual voava por Tatooine, e também voava por Beggar´s Canyon com seu amigo Biggs Darklighter.
Após a Batalha de Yavin, os sobreviventes do rogue Squadron foram reorganizados pelo Comandante Narra e por Luke Skywalker como Rogue Group.
Sob o comando do legendário Wedge Antilles, o Rogue Squadron se tornou a elite de pilotos de caça a Galáxia. Pela época da Batalha de Endor, Wedge teve a opção de reequipar seu grupo com o A-Wing ou com o B-Wing. Eles decidiram continuar com o X-Wing, voando como Red Group em honra aos que participaram da batalha contra a primeira Estrela da Morte. E voando junto a Millennium Falcon pilotada por Lando Calrissian, Wedge foi protagonista do ataque contra o reator da segunda Estrela da Morte, causando sua destruição, e o começo do fim do Império.
O heróico Rogue Squadron teve também participação fundamental nas campanhas em Bakura, Borleias, Coruscant e Thyferra. Os ases do Rogue Squadron inclusive eram motivo de inveja de outros comandantes e capitães, devido ao mais que merecido glamour e prestígio de que desfrutavam, sempre com seus X-Wing!
Seis anos após a Batalha de Endor, a intenção era substituir o X-Wing pelo E-Wing. Este novo caça teve alguns problemas, mas logo passou a equipar muitos dos esquadrões da Nova República. Entretanto, o esquadrão de elite, o Rogue Squadron, permaneceu fiel ao X-Wing.
Logo antes da Guerra Yuuzhan Vong, foi apresentada a Série J do X-Wing. Com um terceiro lançador de torpedos de prótons, e melhoramentos em armamentos, motores e aviônicos, o XJ foi um imenso salto a frente, e inicialmente equipou esquadrões de pilotos Jedi. A última variante foi o T-65 J3, enquanto muitos exemplares antigos foram modificados para o padrão T-65BR de reconhecimento.
No tempo do conflito Killik e Chiss, mais duas variantes foram introduzidas. A primeira foi o XJ5, utilizado pela Polícia de Reconstrução Galáctica. Outra versão era o StealthX, uma versão menor e com melhoramentos que reduziam sua visibilidade e vulnerabilidade a sensores. Ao tempo da Segunda Guerra Civil Galáctica, a Aliança Galáctica foi equipada com o XJ6, usado pelo Esquadrão Hardpoint. Já o XJ7 foi usado pelo Rogue Squadron.
O venerável X-Wing ainda inspirou, por volta de 130 ABY (Após a Batalha de Yavin), a criação do X-83 Twin Tail, que equipou a New Jedi Order na época do surgimento de Darth Krayt. Comportava quatro canhões nas pontas das asas em X e lançadores de torpedos de prótons, como o X-Wing, e sua cauda dupla (similar a do caça P-38 Lightning da Segunda Guerra Mundial), o distinguia do modelo que os inspirou. O X-83 foi o melhor caça de seu tempo, com reputação de durabilidade em batalha e devastador poder de fogo.
O X-Wing, assim tornou-se mais que um caça, um personagem fundamental na derrubada da tirania imperial, e no restabelecimento da liberdade e justiça na Galáxia, enfrentando tudo que o malvado Império enviou a seu encontro, e tornando seus pilotos verdadeiros heróis, especialmente os habilidosos e destemidos membros do Rogue Squadron. O X-Wing participava de missões sucessivas, pouco parando em bases ou hangares de cruzadores para manutenção, e mesmo assim seguia voando e cumprindo seus objetivos, sempre com muita versatilidade, agilidade, velocidade e tremendo poder de fogo.
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