https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhm7i_qj-WLHXPUdDulpz84L7IrE-V8my28Yv-oig6a-j29zatCENBljXodx1AX6R5pnHDaVRaSf7RPFSTEGhY3IfbNY5_kqFwSG8Scs_Bt42o04D8DBfeMseHzcmgGyFZQ_gveBUoWHiU/s1600/George_LeMieux.jpgO senador republicano George LeMieux (foto), da Flórida, confirmou em um comunicado em sua página na Internet que suspendeu o bloqueio à indicação de Thomas Shannon como novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
Em seu primeiro mandato como senador, LeMieux manteve bloqueada a confirmação de Shannon por considerar suas posições muito progressistas em relação ao regime castrista de Cuba e também como forma de protesto à posição do governo americano em relação à deposição de Manuel Zelaya da Presidência de Honduras.
De acordo com ele, a decisão de derrubar o veto foi tomada depois de ter recebido garantias de que o governo de Barack Obama continuará apoiando a oposição cubana e retomará a emissão de vistos para cidadãos de Honduras, suspensa depois da queda de Zelaya.
O senador disse que conversou, nesta semana, com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, sobre suas preocupações em relação à América Latina, principalmente com relação aos retrocessos da democracia e o aumento de regimes autoritários na região.
Segundo ele, a secretária lhe deu garantias de que a política do governo de Barack Obama na América Latina, particularmente em Honduras e Cuba, será a de promover os ideais e metas da democracia.
“Como resultado destas discussões com a secretária Clinton e outros funcionários do Departamento de Estado, estou satisfeito em informar vários exemplos concretos deste compromisso”, disse LeMieux no comunicado.
“Em Honduras, os EUA continuarão normalizando as relações com o governo desse país e o presidente eleito, Porfírio Lobo. Os procedimentos de vistos serao normalizados. Em Cuba, os EUA retomarão o processo para que organizações sem fins lucrativos solicitem ajuda para a promoção da democracia.”
Recado
No texto publicado na Internet, LeMieux afirma que a política externa dos EUA para a América Latina se encontra em uma conjuntura crítica e que as ações do país mandaram um recado sobre o compromisso de Washington com a democracia, os direitos humanos e o império da lei.
Segundo o senador, o governo de Obama precisa ser claro com relação a sua posição na região, porque líderes que buscam desestabilizar a América Latina estão prestando muita atenção às ações de Washington.
Conforme as regras do Legislativo americano, os congressistas da oposição têm o direito de vetar uma nomeação.
Antes de LeMieux, o senador republicano Jim DeMint, da Carolina do Sul, embargava a indicação de Shannon devido a sua posição com relação à crise em Honduras.
Com o fim do bloqueio, cabe à maioria democrata no Senado confirmar o nome do novo embaixador americano no Brasil.
No entanto, os senadores que apoiavam o bloqueio de LeMieux precisam confirmar que o seguirão em sua nova decisão.
Ex-secreário-assistente dos EUA para a América Latina, cargo ocupado hoje por Arturo Valenzuela, Shannon tem uma sólida carreira diplomática.
Foi assistente especial da embaixada americana em Brasília, entre 1989 e 1992, e também já serviu os EUA na África do Sul, acompanhando o processo que levou ao fim do apartheid, e na Organização dos Estados Americanos.  

Fonte: G1