O Brasil está mantendo uma espécie de ponte aérea entre a base da Aeronáutica no Galeão (Rio de Janeiro) e o aeroporto de Porto Príncipe, capital do Haiti. A informação é do gabinete de crise do governo federal que coordena as ações de ajuda brasileira ao país caribenho.
Desde o terremoto ocorrido no Haiti no dia 12 (terça-feira), o Brasil já mandou nove aviões com equipes médicas, paramédicas e de técnicos, além de água, alimentos e remédios para atender as vítimas da tragédia que matou cerca de 40 mil pessoas.
A normalidade dos voos é resultado de um memorando de entendimento acordado ontem à noite entre o governo haitiano, o governo americano e a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), informa o Almirante Paulo Zúccaro, subchefe de Comando e Controle do Estado Maior do Ministério da Defesa
Cockpit do C-130 da FAB
Pelo acordo, as forças norte-americanas fazem o controle interno do aeroporto de Porto Príncipe e da operação do radar que os Estados Unidos enviaram. O tráfego aéreo fica sob o controle do governo do Haiti, e a segurança externa do aeroporto é responsabilidade da Força de Paz.
O entendimento viabiliza o pouso de aeronaves que estão chegando ao Haiti com ajuda humanitária e doações. Ontem, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) levando um hospital de campanha para atendimento de 400 pessoas por dia teve dificuldades em descer no Haiti. Além do problema de comando, havia um grande volume de voos chegando ao país e estavam sendo desviados para a República Dominicana.
Hoje (16), dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram do Rio de Janeiro levando equipes de 11 técnicos de telefonia para estabelecer um sistema de comunicação por telefone via satélite. O gabinete de crise não informou o volume de água, alimentos e remédios e nem o número de pessoas para ajuda humanitária já embarcados para o Haiti.
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