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FAB começa a montar hospital de campanha no Haiti

Fonte: Terra

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou ter começado neste sábado a instalação do Hospital de Campanha da Aeronáutica (HCamp) em uma área ao lado da base brasileira General Bacelar, em Porto Príncipe, capital do Haiti. A equipe que trabalhará no local é formada por 48 militares da área da saúde, como médicos, enfermeiros, dentistas e farmacêuticos.

Segundo a FAB, a estrutura abriga 17 módulos, que incluem centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva (UTI), raio-X, laboratório e espaços para atendimento ambulatorial. O HCamp atenderá urgências e emergências, com capacidade de realizar cirurgias e de socorrer pacientes graves. Os profissionais e o material chegaram em duas aeronaves da FAB no final da noite de sexta-feira.

A equipe do hospital é chefiada pelo brigadeiro-médico José Maria Lins Calheiros, que atuou nos terremotos do México e de El Salvador na década de 80. A expectativa é que os atendimentos comecem a partir deste sábado.

O hospital de campanha da FAB é móvel, utilizado para curto período de internação e destinado a atender feridos em combate, composto de módulos (barracas) climatizados, que podem ser montados em diversas configurações, dependendo da necessidade. No Haiti, a unidade estará em sua configuração completa, com módulos adicionais para internações de curto período, além dos que servem ao atendimento ambulatorial.

Lidovia Pierressaint foi resgatada após passar 82 horas sob os escombros, em Porto Príncipe Foto: EFE
Lidovia Pierressaint foi resgatada após passar 82 horas sob os escombros, em Porto Príncipe

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. Estimativas mais recentes do governo haitiano falam em mais de 200 mil mortos e 50 mil corpos já enterrados. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

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O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.