O programa FX-2 pretende dar à aviação brasileira uma máquina padrão de guerra aérea, capaz de substituir toda a frota atual, composta por três diferentes tipos de jatos de combate - os interceptadores, os táticos e os de bombardeio de precisão. O primeiro lote, de 36 unidades, será seguido de outros até um total estimado em 120 aeronaves.
Dependendo da pressão estratégica que possa haver no futuro, a encomenda será ainda maior.
Fosse essa única referência e o favorito da FAB seria o americano F-18 E/F Super Hornet, robusto, provado em 20 anos de combate, com carga eletrônica avançada e, por meio de duas versões, adaptado a diversos tipos de utilização a partir de bases em terra ou de porta-aviões. O problema é a transferência de conhecimento, um dos fundamentos da FX-2, que aparece sempre com qualificações limitadoras.
Na última nota do fabricante, a Boeing Company, a oferta referente é definida como "programa robusto de transferência que contém oportunidades de codesenvolvimento para a indústria brasileira na evolução do programa".
Não é bem isso o que deseja o Ministério da Defesa, empenhado em obter informação sensível de interesse do complexo aeroespacial formado em redor da Embraer. Nesse caso, quem se aproxima do objetivo pretendido é o consórcio francês Rafale International, que considera "irrestrita" a sua proposta de passagem de tecnologia. O avião é moderno, tem um novo radar notável, entrou em ação no Afeganistão e incorpora recursos digitais que permitem, por exemplo, a reconfiguração da missão durante o voo. De quebra, foi concebido para operar também em navios aeródromos. As virtudes do Gripen NG, sueco, soam como música em determinados setores da Aeronáutica: poder de fogo, custos baixos, possibilidade de participação direta no desenvolvimento final do projeto, produção local.
A combinação desse mosaico é a componente política da escolha por razões de interesse do Estado.
2 Comentários
Rafale = Range 3.700 km = http://en.wikipedia.org/wiki/Dassault_Rafale
Gripen = Range 3.200 km = http://en.wikipedia.org/wiki/JAS_39_Gripen
F-18 E/F = Range 2,346 km = http://en.wikipedia.org/wiki/F/A-18E/F_Super_Hornet
Tudo bem diferente do caradurismo dos respeitáveis senhores executivos representantes das fábricas concorrentes... QUANTO BLEFE !!...
abraços,
Miguel Junior.
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Em uma missão de ataque de longo alcance, o emprego de 4 Flanker armados com um total de 7,2 toneladas de bombas e 16 AAM de médio alcance para autodefesa pode ser equivalente a 8 Gripen armados com 7,2 toneladas de bombas + 4 Gripen de escolta com 8-16 AAM de médio alcance + 2 aeronaves de reabastecimento em vôo. Por esse ponto de vista, o alto custo por hora de vôo do Flanker parece barato, além de expor menos aeronaves e tripulantes. Como os custos de compra são equivalentes, pode-se concluir que uma frota de Sukhois tem um potencial muito maior que uma de caças leves, a não ser em cenários de curtas distâncias, onde o AMX poderia atuar, pelo menos nas missões de ataque...
Boa reflexão nacionalista,
Miguel Junior.
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