A situação da fabricante de aviões francesa Dassault se estabilizou, embora ainda não tenha se iniciado uma recuperação a pleno vapor, disse um representante dos empregados da companhia ao jornal de negócios Les Echos. A empresa fabrica o caça Rafale, o preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a renovação da frota da Força Aérea Brasileira (FAB), que pretende comprar 36 aviões. Outro modelo da Dassault é o jato executivo Falcon.
A estabilização da empresa possibilitará que suas fábricas de Seclin e Argenteuil voltem à produção normal em março, disse a fonte do Les Echos, um integrante não identificado do conselho de trabalho da companhia. A crise econômica obrigou a Dassault a reduzir a produção e diminuir a jornada de trabalho.
Segundo a reportagem, as unidades de Martignas e Biarritz continuarão sob regime de tempo parcial, embora o número de dias de paralisação da produção diminua para três por mês. Atualmente, essas unidades ficam paradas por seis e cinco dias por mês, respectivamente.
"A situação se estabilizou, mas é difícil falar em melhora", afirmou o representante dos empregados. Porém, "as previsões de cancelamento de pedidos que levaram às medidas de corte de produção parecem ter sido superestimadas", acrescentou.
Na licitação da FAB, o Rafale concorre com o F-18, da norte-americana Boeing, e com o sueco Gripen NG, preferido pela Aeronáutica.
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