A Royal Air Force britânica interessada em comprar Super Tucanos
Fonte: Times on line UK/ALIDE Tradução: Marcelo MacKinnon - Via Plano Brasil
De acordo com o TimesOnline, a Força Aérea Real Britânica (RAF) está sendo pressionada para cortar vários bilhões de libras esterlinas previstos para compra de caças a jato e para optar por aviões a hélice, que são mais baratos, como parte de um importante processo de revisão das compras de defesa. A sugestão foi feita pelo General David Richards, iniciando um debate entre o Exército e seus pares nas outras duas forças.
O Comandante em Chefe Richards crê que o Super Tucano oferece uma alternativa eficiente em termos de custos, frente aos caças a jato como o Eurofighter Typhoon, (criado durante a Guerra Fria) e que podem vir a ser usados nas operações de contrainsurgencia no Afeganistão. O Super Tucano lembra os aviões usados na Segunda Guerra Mundial, e custa cerca de 5 milhões de libras, uma fração das 60 milhões de libras que custa cada F35 Joint Strike Fighter (que foram encomendados para os novos porta-aviões Marinha Real) ou os 67 milhões de libras que custa apenas um Typhoon. Após as próximas eleições gerais no Reino Unido, se espera uma revisão da Estratégia de Defesa que recomendará que o orçamento de cada serviço seja recortado em 20%.
O general Richards argumenta que, no futuro, as guerras high-tech entre estados serão substituídas por operações de contrainsurgencia, o que possibilitará grandes economias no caso que o governo esteja preparado para sacrificar navios e tanques e usar material mais leve e barato porém tecnicamente avançado. Para alguns analistas da defesa aérea, o Super Tucano oferece uma plataforma de custos efetivos onde também se pode agregar equipamento de alta tecnologia e munições. A Marinha dos Estados Unidos também está avaliando o Super Tucano, após seu desempenho impressionante na Colômbia, que os usa contra os rebeldes das FARC.
O [Super] Tucano de dois assentos pode decolar desde pistas simples e sobrevoar o campo de batalha durante seis horas sem precisar reabastecer de combustível, mais não pode ser reabastecido no ar. Ele pode carregar 1.5 toneladas sob as asas e usa só 500 libras esterlinas de combustível por hora. Comparativamente, uma hora de vôo no Eurofighter Typhoon custa quase 85,000 libras esterlinas. A versão de treinamento [o Tucano original] está em serviço na RAF.
Nota do Plano Brasil:
Criticado na altura de sua concepção e agora louvado e reconhecido não só pela RAF mas por muitas forças aéreas de alto nível, o Super Tucano desperta o interesse e conquista cada vez mais espaço dentre aqueles que anteriormente o desclassificaram.
O caça leve de ataque que chegou a ser motivo de piada e considerado a “Reinvenção do Mustang”, agora ganha ares e status de avião do futuro, confirma a capacidade proficional e inovação da indústria nacional. Demonstra a não necessidade de se seguir e/ou ouvir a moda e tendências internacionais, modas estas, por vezes ecoadas e defendidas por pseudos brasileiros que gostam de vangloriar e enaltecer tudo o que é de fora e desclassificar o que é brasileiro.
Nascido de uma necessiade da Força Aérea Brasileira, e desenvolvido em parceria com EMBRAER, o Super tucano é uma alternativa nacional muito bem dimensionada e adaptada para a função a que se destina.
Seu histórico de lutas por outro lado é bastante repleto de altos e baixo, depois de anos tentando convencer quem não queria ser convencido, o pequeno notável da EMBRAER colecionou derrotas e vitórias, lutou para sobreviver, porém sua performance ao serviço da Força Aérea da Colômbia mostrou ao mundo do que ele é capaz, provando seu valor. Agora o Mundo olha para ele com outros olhos e tenta copiar o “novo Mustang ” com cópias genéricas e ressucitação de modelos enterrados no passado.
Parabéns a FAB e a EMBRAER, inovação, quebra de paradígmas e profissionalismo sem equivalentes.
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Vinicius