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A capital baiana foi escolhida pela Força Aérea Brasileira para ser o centro de patrulhamento da costa do país. A Base Aérea receberá oito aeronaves do modelo P-3AM que serão usados na fiscalização no mar e para realizar missões de busca no país. Desde a Segunda Guerra Mundial, a capital baiana foi identificada como ponto estratégico para a defesa do litoral brasileiro. Aeronaves do Brasil e dos Estados Unidos voaram a partir de Salvador para caçar submarinos nazistas que ameaçavam comboios que cruzavam o Atlântico Sul. Em 5 de abril de 1943, o Esquadrão Orungan teve o seu batismo de fogo quando o avião A-28 Hudson, comandado pelo então Tenente Ivo Gastaldoni, atacou com sucesso um submarino que navegava a 60km da costa de Aracaju(SE). Durante a II Guerra Mundial, a principal ameaça à soberania nacional veio na forma de ataques de submarinos alemães que operavam na costa brasileira. Para seu combate, a recém-criada Força Aérea Brasileira equipou-se devidamente, tornou-se, em pouco tempo, a mais bem estruturada do continente sul-americano para a tarefa.

Comandante da FAB vistoria obras na Base Aérea de Salvador

Fonte: CECOMSAER/FAB

Melhorar as estruturas de trabalho dos militares e possibilitar a operação de uma nova aeronave, o P-3AM. Com esse objetivo mais de 10 obras foram e estão sendo realizadas na Base Aérea de Salvador (BASV). Na manhã de hoje (13/1), estruturas finalizadas e em andamento foram vistoriadas pelo o comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito.

Na chegada à unidade, uma palestra foi ministrada pelo Comandante da BASV, Coronel-Aviador Pedro Luís Farcic, que apresentou as ações realizadas nas áreas operacional e administrativa e como os recursos estão sendo investidos.

Na parte operacional, o objetivo é viabilizar a operacionalização do P-3AM. Entre os trabalhos já iniciados está o hangar de lavagem de aeronaves e o anexo operacional do 1º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação, no qual funcionará a parte administrativa do Esquadrão Orungan e a área de simulação de missões. Outro projeto em fase final é a reforma do prédio de suprimentos. “Nele foram construídas sessões climatizadas nos lados. Também foi utilizado piso de alta resistência e 97% da obra já está pronta”, ressalta Coronel Farcic. Ainda em fase de elaboração está o projeto do pátio de aeronaves.

Os P-3 serão operados somente pelo Esquadrão Orungan, unidade aérea já sediada na Base Aérea de Salvador. Hoje, A base utiliza aviões P-95 Bandeirante Patrulha, modelos que, desde a década de 70, são usados também nas bases de Florianópolis, Belém e Rio de Janeiro. A Base Aérea de Salvador se prepara para ser o principal centro de patrulhamento da costa brasileira. O 1º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação da Força Aérea Brasileira (FAB), conhecido como Orungan, vai receber oito aeronaves do modelo P-3AM Orion que serão usados na fiscalização de sete mil quilômetros da costa marítima – sobretudo da área petrolífera do pré-sal – e para realizar missões de busca no país. Só a compra e a modernização dos aviões demandaram um investimento de US$423 milhões, o que corresponde aproximadamente R$742 milhões. As aeronaves vão atuar em situações de combate e nas buscas de crimes ambientais. Além disso, numa época em que todas as atenções se voltam para o pré-sal, torna-se ainda mais necessário para o Brasil possuir equipamentos de ponta para controlar o tráfego marítimo e coibir o tráfego ilícito de embarcações. Ou seja, eles vão incrementar a capacidade do Brasil de proteger a Amazônia Legal e, de modo especial, a região do pré-sal.


O 1º/7º receberá nove P-3AM. Serão oito operacionais e uma de treinamento. Neste ano, chegam as três primeiras; em 2011, o Esquadrão receberá outras quatro; e em 2012, duas. As aeronaves irão substituir as P-95 Bandeirulha que atualmente são operadas na unidade e que são utilizadas desde os anos 80 . A mudança trará grandes benefícios nas operações. Comparando os dois modelos, o P-3AM, que é quadrimotor, leva grande vantagem em relação ao P-95, principalmente no que se refere à autonomia de vôo. Enquanto a primeira consegue voar em torno de 13h ininterruptas, a segunda tem capacidade pouco maior que 7h.

A parte tecnológica também passará por um grande salto. No P95, grande parte da busca é realizada através de contato visual. No caso do P-3AM, a aeronave possui modernos sensores.

“A Base Aérea de Salvador está passando nos últimos dois anos por uma transformação completa para chegada do P-3. São aeronaves de grande porte, com isso toda estrutura e infraestrutura precisa ser modificada, tanto a operacional quanto a adminitrativa”, ressalta o comandante da unidade.