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Não vale a pena desconsiderar o Sukhoi Su-35

A empresa russa Rosoboronexport continuará no seu pleito pelo direito de participar na licitação no âmbito do Programa F-X2 e fornecer ao Brasil os caças multimissão Sukhoi Su-35. Moscou tem uma certeza absoluta de que o Sukhoi Su-35 é a melhor opção para a FAB. Não se trata, entretanto, apenas da superioridade técnica da aeronave russa sobre os concorrentes. É proposto ao Brasil uma oportunidade única de transferência de tecnologias para a montagem em série desses caças super-modernos por empresas brasileiras.

Superioridade total

Os concorrentes do caça multimissão russo Sukhoi Su-35 são: o Rafale francês, o F/A-18E/F “Super Hornet” norte-americano e o Gripen NG sueco. Quais são, então, as vantagens do Su-35 para a conquista da superioridade aérea e atacar alvos terrestres ou navais, independente da hora, do dia ou das condições meteorológicas?

Além de ser o mais veloz de todos (2.400 km/h à altitude de 11 km), o Su-35 possui a maior relação empuxo/peso. O seu raio de ação é impressionante, com 3.600 km atende perfeitamente às necessidades do Brasil, levando em consideração o tamanho do seu território e a extensão das fronteiras terrestres e navais do país.

Ademais, o Su-35 tem uma eficiência operacional mais alta que a dos seus concorrentes. O caça é capaz de carregar mais de 8 toneladas de diversas armas em 12 pontos sob as asas ou fuselagem, número maior do que os outros participantes da licitação. A aeronave é propulsionada por dois sofisticados motores 117C de empuxo vetorado, uma versão avançada do famoso AL-31F. Os motores são dotados de novos compressores, turbinas de alta e baixa pressão, sistema de controle digital. O empuxo dos dois motores foi aumentado para 29.000 kg, sendo igualmente aperfeiçoados certos indicadores de vida útil. Estas inovações associadas às excelentes qualidades aerodinâmicas proporcionam ao Su-35 sua conhecida supermanobrabilidade, invejável para outros caças, garantindo uma grande vantagem no combate aéreo.

A cabine de piloto apresenta novas soluções ergonômicas, sendo introduzidos novos meios de apresentação das informações segundo o princípio da cabine de vidro (Glass Cockpit), o que facilita o trabalho do piloto, permitindo a sua concentração máxima no cumprimento das missões de combate. Uma outra particularidade importante da aeronave são os seus aviônicos integrados ao sistema de informação operacional e ao controle digital responsável pela integração dos equipamentos embarcados. O radar de varredura eletrônica ativa, conhecido por sua sigla inglesa AESA (Active Electronically Scanned Array), quando comparado com os similares dos concorrentes, apresenta 1,5-2 vezes mais eficiência no alcance de detecção dos alvos aéreos e navais (até 400 km) e também superior em outras características técnicas. O radar é capaz de rastrear até 30 alvos aéreos simultaneamente, além de poder atacar 8 destes simultaneamente.

Os novos sistemas integram os equipamentos de rádio e navegação avançados, sistemas de operação dos caças em grupo e um sistema altamente eficiente de contramedidas eletrônicas. Cabe dar um destaque especial a que no Su-35 são empregadas as tecnologias de quinta geração, sendo deste modo garantida a superioridade sobre os caças concorrentes da mesma classe em toda uma série de aspectos técnicos e operacionais.

Convém notar que as características supracitadas permitem economizar recursos financeiros importantes. Primeiro, quanto maior for o raio de ação da aeronave, tanto menor será o número de Bases Aéreas a serem usadas no território do país. Segundo, quanto mais alta for a eficiência operacional de cada aeronave, tanto menor será o número de caças necessários para o cumprimento das missões atribuídas.

Ao parceiro estratégico – as melhores tecnologias

Segundo os peritos, a proposta da Rosoboronexport atende aos requisitos da licitação não só do ponto de vista técnico. Recentemente, no Brasil foi aprovada uma nova doutrina militar, a Estratégia Nacional de Defesa, conforme a qual a aquisição de novos sistemas de armamento obrigatoriamente requer a transferência simultânea de tecnologias, permitindo às empresas brasileiras, independentemente de outros países, procederem com garantia a manutenção e revisões de todos os níveis de complexidade, assim como a produção do armamento e material bélico ou dos seus componentes. Este requisito consta da documentação da licitação relativa ao Programa F-X2. Mais ainda, o volume e a profundidade das tecnologias transferidas são especificados como fatores decisivos.

Dado isso, em abril de 2009, foi entregue ao Ministério da Defesa brasileiro a Proposta Revisada integrando um extenso programa de transferência de tecnologias que prevê um ciclo completo de manutenção técnica, revisões, ou mesmo, a produção dos Su-35 no Brasil.

Convém notar que a amplitude da implantação deste programa pode ser limitada exclusivamente pela capacidade econômica ou tecnológica das empresas brasileiras. Mas, o mais importante é que Su-35 tem muitas das tecnologias de quinta geração, é de duvidar que o Brasil as receba dos Estados Unidos, que participam na licitação com um caça da geração mais antiga, ou da França ou da Suécia que não possuem tais tecnologias.

As negociações levadas a efeito evidenciaram que, mesmo hoje, se pode contar com a parceria das empresas brasileiras no equipamento do Su-35 com os aviônicos embarcados, integrados com os sistemas atuais e futuros das aeronaves da FAB (avionicos, sistemas de comunicações, sensores embarcados, computadores, etc.), assim como na integração do armamento aéreo de produção brasileira, inclusive mísseis e foguetes, que possibilite o seu emprego operacional no Su-35.

Uma vantagem incontestável da proposta da Rosoboronexport frente aos concorrentes é que somente a Rússia tem uma experiência real de transferência de tecnologias de produção de caças a outros países. Para a China foram transferidas as tecnologias relativas aos caças Su-27, à Índia - aos caças Su-30. Hoje, estão sendo implementados no Brasil os programas análogos no âmbito do projeto de fornecimento de helicópteros russos à FAB. Esta experiência verdadeiramente valiosa, com certeza, será aproveitada em caso do fornecimento dos Su-35.

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A Rússia e o Brasil são parceiros estratégicos. Os Presidentes dos dois países declararam-no reiteradamente. Portanto, o projeto de fornecimento dos Su-35 poderia vir a ser uma etapa qualitativamente nova no desenvolvimento das relações russo-brasileiras, contribuindo para a ampliação e consolidação da cooperação técnico-militar. O Su-35 é um caça único e um dos melhores entre atualmente existentes, inclusive segundo o critério custo-eficiência. O Ministério da Defesa da Rússia já celebrou o contrato de fornecimento para a Força Aérea russa de 48 destas aeronaves que nos próximos quatro anos irão equipar as unidades aéreas. Talvez, a FAB seja a seguinte?

Uma referencia:

A Empresa Federal Estatal Unitária Rosoboronexport – é única na Rússia que está fornecendo toda a variedade de Material de Emprego Militar, Serviços e Tecnologias de Uso Militar e Uso Dual.Representando de fato o Governo da Federação Russa , está celebrando todo suporte governamental. A Rosoboronexport é uma das maiores empresas no mercado mundial de armamentos, com mais que 80 per cento do volume da exportação total de armamentos e equipamentos militares da Rússia. Tem relações de cooperação com mais de 70 paises do Mundo.

Fonte: DEFESANET