Pablo Emilio Moncayo foi entregue pela guerrilha.
Helicóptero emprestado pelo Brasil participou da missão.
O sargento Pablo Emílio Moncayo, libertado nesta terça-feira (30) após 12 anos em poder da guerrilha colombiana das Farc, chegou a Florencia, no departamento colombiano de Calquetá, onde reencontrou sua família.
A missão humanitária que negociou a libertação de Moncayo contou com a participação do Brasil. O helicóptero do Exército brasileiro que o tirou da selva chegou ao aeroporto de Florencia, no departamento (estado) de Caquetá, às 17h40 (19h40, Brasília), após uma operação bem-sucedida, mas que atrasou devido ao mau tempo.
Imediatamente após descer do helicóptero, Moncayo, que foi sequestrado quando tinha apenas 19 anos, abraçou os pais, Gustavo e María Estela, para depois falar com a irmã de 5 anos que ainda não conhecia.
O sargento foi recebido por outros parentes, cumprimentou as irmãs, o sobrinho, que também não conhecia, e voltou para abraçar o pai, que ergueu os braços para mostrar as correntes que prenderam seu filho durante o cativeiro.
Moncayo, hoje com 32 anos, caminhou então pela pista do aeroporto de Florencia e mostrou aparentemente bom estado de saúde.
A aeronave, pilotada pelo coronel do Exército Carlos Aguiar, partiu do aeroporto de Florencia, no departamento de Caquetá (sul da Colômbia), às 11h15 local (13h15 de Brasília). Ele já havia participado de missões de libertação de reféns das Farc em ocasiões anteriores.
A missão é integrada pela senadora colombiana Piedad Córdoba, mediadora das negociações com as Farc, dois delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o bispo Leonardo Gómez, em representação da Igreja Católica, e seis militares brasileiros.
Córdoba disse que partia na busca de Moncayo com um rosário para pedir a Deus "que tudo saia bem".
Pablo Emilio Moncayo, sequestrado em dezembro de 1997, será o último refém que as Farc libertarão por decisão unilateral, já que os demais 22 reféns, segundo números do Governo, só serão libertados mediante uma troca humanitária.
Essa é a condição imposta pela guerrilha para libertar os demais reféns. Segundo as Farc, os demais reféns totalizam 21, e não 22 como afirma o governo.
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