As equipas de mergulhadores não encontraram "sinais de vida" na popa do navio de guerra sul-coreano afundado sexta feira na sequência de uma explosão no mar Amarelo e onde 46 membros da tripulação terão morrido.
Segundo o ministério da Defesa sul-coreano, as equipas de mergulhadores chegaram hoje à popa, localizada domingo à noite por um sonar e que está a cerca de 50 metros do local do naufrágio, perto de uma fronteira sensível com a Coreia do Norte no mar Amarelo.
"Os nossos mergulhadores sondaram o casco à tarde mas até ao momento não houve resposta do interior", declarou Won Tae-jae, porta-voz do Ministério da Defesa, numa conferência de imprensa.
"Nós não descobrimos outros sobreviventes até agora", adiantou.
Cinquenta e oito marinheiros de 104 membros da tripulação foram rapidamente salvos depois do naufrágio do Cheonan, uma corveta de 1.200 toneladas, ao largo da ilha de Baengnyeong, mas depois não foi encontrado qualquer outro sobrevivente apesar da adoção de importantes buscas marítimas e aéreas.
A proa do navio, que tinha sido localizada mais cedo, e a popa, separadas em cerca de 230 metros, repousam a cerca de 40 metros de profundidade.
Segundo o ministro da Defesa, a explosão poderá ter sido provocada por uma mina norte-coreana do tempo da guerra da Coreia de 1950-53.
"È possível que uma mina norte-coreana se tenha deslocado para a nossa zona", declarou Kim Tae-young.
A Coreia do Norte colocou cerca de 3.000 minas soviéticas no mar Amarelo, oeste) e no mar do Japão durante a guerra da Coreia, indicou.
"Apesar de numerosas minas terem sido retiradas, parece impossível que estejam todas retiradas", adiantou.
Uma destas minas foi descoberta em 1959 e uma outra em 1984. A Coreia do Sul tinha lançado uma vasta busca destas minas em 2008 mas não foi encontrada nenhuma.
Fonte: Lusa
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