Helicópteros da FAB já transportaram mais de 35 toneladas de ajuda humanitária no Chile

Os dois Helicópteros H-60 Blackhawk da Força Aérea Brasileira (FAB) empenhados na missão de ajuda humanitária às vítimas do terremoto do Chile já transportaram até o momento mais de 35 toneladas de mantimentos. Hoje, uma das aeronaves da FAB pousou no campo do estádio da pequena Curanilahue, cidade de 30 mil habitantes na província de Biobío, para entregar 3,2 toneladas de doações, entre água, alimentos e leite.

As donativos são fundamentais para famílias inteiras, como a de Pedro Munhoz, que teve que sair de casa após o tremor comprometer toda a estrutura de sua residência. "Estamos organizados, mas aqui temos problemas com as edificações. Ainda falta comida e água", diz. Um dos responsáveis pela organização da entrega dos alimentos, o conselheiro municipal Cristian Gengnagel Navarro, diz que a situação está melhor, mas que ainda há muita coisa ainda a ser feita. "Esperamos voltar à normalidade, mas não sabemos quando", explica. Segundo ele, há mais de mil casas com a estrutura comprometida somente em Curanilahue.

Fonte: FAB pelo enviado especial, Tenente Humberto Leite


Em 6 dias, helicópteros da FAB transportam 25 t de carga no Chile

Helicópteros da Força Aérea Brasileira levaram, nesta quinta-feira, ajuda para a cidade de Tierra Amarila destruída pelos tremores que atingiram o Chile. Em seis dias de operação, as duas aeronaves brasileiras transportaram mais de 25 t de carga, a maior parte de comida, água e barracas.

A única forma de se chegar ao local é por meio dos helicópteros, segundo a FAB. De acordo com o sargento da Força Aérea do Chile, Alfredo Moralez, a participação brasileira é fundamental. "Eles estão isolados, e há muitas crianças e velhos. Estavam há muito tempo esperando por essa ajuda", disse.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 800, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es - Terra