http://www.metsul.com/__editor/imagemanager/images/marco2007/malvinas4.jpg
Britânicos irritados com Clinton
Questão das Malvinas divide norte americanos

A questão dos protestos argentinos a propósito da soberania sobre as ilhas Malvinas, e do recente reacender do problema depois do envio de plataformas de prospecção de petróleo para a plataforma continental, que a Argentina considera como sua, resultou num numero de contactos mais ou menos irados entre britânicos e norte-americanos.

Na origem do problema está o facto de a administração norte-americana não se ter mostrado muito disposta a tomar posição ao lado da Grã Bretanha, tendo assumido uma posição equidistante.

Segundo a imprensa britânica, o ministro das relações exteriores da Grã Bretanha, David Miliband, e vários diplomatas do país europeu, terão demonstrado não oficialmente a sua decepção pelo pouco interesse demonstrado pelo departamento de estado, chefiado por Hillary Clinton sobre o assunto.

A questão foi levada a lume por sectores conservadores nos Estados Unidos, que acusaram a administração Obama de ter esquecido a «relação especial» entre os Estados Unidos e a Grã Bretanha.

Se no Departamento de Estado (o equivalente a ministério das relações exteriores) a tentativa de mediação está na ordem do dia, já no Pentágono, a sede do Departamento de Defesa norte-americano a situação é completamente diferente.

De sectores que no passado estiveram ligados ao departamento chefiado por Robert Gates, (que transitou da administração Bush para a administração Obama), surgiram críticas a defender que a posição norte-americana sobre as ilhas - cuja posse é reclamada pela Argentina - não deveria apresentar qualquer dúvida e que a simples menção ao termo «Malvinas» é um insulto à Grã Bretanha.

As ilhas Malvinas, a que os britânicos chamam de «Falklands» em inglês, estão na plataforma continental sul americana e embora tenham sido ocupadas desde o inicio do século XIX pelos britânicos são reclamadas pela Argentina. Em 1982 os dois países envolveram-se numa guerra por causa da posse das ilhas, com uma invasão argentina, que foi rechaçada por uma operação britânica.
Recentemente empresas britânicas iniciaram trabalhos de prospecção de petróleo. Especialistas afirmam que naquela área da plataforma continental, encontram-se enormes reservas de petróleo.

A Grã Bretanha, embora tenha desvalorizado as pretensões argentinas, possui nas ilhas Malvinas uma força militar destinada a desincentivar qualquer repetição da operação de 1982 que levou à confrontação directa entre os dois países. Além de navios de guerra, a Grã Bretanha possui nas ilhas uma base aérea, onde estão permanentemente baseados pelo menos quatro aviões Typhoon-II, podendo transportar para ali um a dois esquadrões de aeronaves em caso de necessidade.

Possuidora da mais poderosa força militar do hemisfério sul em 1982, a Argentina sofreu no entanto uma humilhante e arrasadora derrota militar, que arrastou consigo o regime militar argentino, que tinha planos em caso de vitória, para conquistar partes do Chile e até do Brasil.

Fonte: Area Militar