Equipes do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa) da Aeronáutica começaram no fim da manhã deste sábado a recolher destroços e analisar a área onde houve a queda de uma aeronave da Esquadrilha da Fumaça, próximo à pista do Aeroporto Federal Guarujá, em Lages, na Serra Catarinense. O acidente causou a morte do piloto Anderson Amaro Fernandes, de 33 anos.
As pessoas envolvidas trabalham com luvas e botas, devido ao risco de contato com material contaminado por combustível e restos humanos. Segundo informações preliminares, o avião teria tido dois impactos contra o solo - a cerca de 100 metros de distância um do outro.
O material recolhido do local deve ser levado à Base Aérea de Florianópolis. O relatório preliminar do acidente deve ser finalizado em até 30 dias, mas a análise final pode levar até um ano para ficar pronta.
O corpo do piloto deve chegar à Fortaleza (CE) na tarde deste sábado. O horário do sepultamento de Fernandes ainda não foi confirmado. A vítima foi transportada à 1h30m num avião bandeirante da Força Aérea Brasileira (FAB) para Pirassununga, em São Paulo, onde fica a sede do grupo de acrobacias aéreas.
A aterrisagem na cidade paulista ocorreu às 3h30m. A mulher e a filha de Fernandes moravam na cidade com o piloto. Houve um velório fechado aos colegas de farda, amigos e pessoas próximas na Academia da Força Aérea na cidade. O caixão estava fechado e a imprensa local só teve acesso quando este foi retirado da capela. Por volta das 11h, o avião da FAB partiu com o corpo para Fortaleza, onde o piloto nasceu.
A Esquadrilha da Fumaça deixou Lages no início da manhã deste sábado. Seis aviões que formam a equipe de apresentações decolaram do Aeroporto Federal na cidade às 7h25m com destino à Pirassununga.
A Aeronáutica decidiu suspender as apresentações do grupo previstas para o fim de semana nas cidades de São José dos Pinhais e Londrina, no Paraná.
O avião pilotado por Fernandes caiu durante uma manobra, por volta das 17h30m desta sexta-feira. O piloto, que morreu na hora, era um dos mais experientes do grupo, com mais de 3,5 mil horas de voo e 180 apresentações. Este seria o último ano dele na Esquadrilha da Fumaça.
A tragédia ocorreu diante de centenas de pessoas que acompanhavam a apresentação da esquadrilha em comemoração aos 68 anos do Aeroclube de Lages.
Fonte: ClicRBS via O Globo - Fotos: Marcos Narciso Agostini / Alvarélio Kurossu - Noticias Sobre Aviação
Apresentações da Esquadrilha da fumaça previstas para o fim de semana são canceladas
Após a morte do piloto Anderson Amaro Fernandes na tarde desta sexta-feira, em Lages, na Serra catarinense, a Aeronáutica decidiu suspender as apresentações da Esquadrilha da Fumaça previstas para o fim de semana.
Segundo o Centro de Comunicação Social da instituição, estavam previstas atividades em São José dos Pinhais e Londrina, no Paraná. O grupo deverá se reunir nos próximos dias para definir a data de retomada das apresentações.
Na sexta à noite, um militar integrante do Centro de Comunicação Social da Instituição chegou a divulgar que as atividades do grupo de acrobacias aéreas estariam canceladas por tempo indeterminado.
Velório
O corpo de Anderson Amaro Fernandes foi levado de Lages para Pirassununga à 1h30min em um avião Bandeirante. A cidade no interior de São Paulo é sede da Esquadrilha da Fumaça.
Lá, estarão a mulher e a filha estarão esperando pelo piloto para iniciar o velório, que deve iniciar por volta das 7h deste sábado. De Pirassununga, o corpo partirá para Fortaleza, cidade natal dos pais do piloto, onde será enterrado.
Na noite desta sexta-feira, investigadores do Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes (CENIPA) chegaram a Lages para iniciar as investigações sobre o acidente. O prazo para esclarecimentos é de 30 dias. Como há muitos vídeos na internet e em posse dos espectadores do evento no Aeroclube de Lages, estas imagens ajudarão os peritos e constarão nos autos.
O acidente
A tragédia ocorreu por volta das 17h30min desta sexta-feira, diante de centenas de pessoas que acompanhavam a apresentação da esquadrilha em comemoração aos 68 anos do Aeroclube de Lages, na Serra Catarinense.
O piloto não conseguiu concluir uma manobra e o avião explodiu ao cair às margens da pista do Aeroporto Federal de Guarujá, onde ocorria a apresentação.
As causas ainda são desconhecidas. Mas o piloto, que morreu na hora, era um dos mais experientes do grupo, com mais de 3,5 mil horas de voo e 180 apresentações.
Fonte: Pablo Gomes (Zero Hora) - Noticias Sobre Aviação
Tiros de festim, Hino Nacional Brasileiro ao som de uma sanfona e um voo do cantor e compositor Waldonys, emocionaram parentes e amigos durante o enterro
O corpo do Capitão Anderson Amaro Fernandes morto em um acidente aéreo, nesta sexta-feira em Lages, Santa Catarina, foi velado inicialmente em Pirassununga, no interior de São Paulo, onde o piloto morava com a mulher e a filha. A urna com os restos mortais do Capitão chegou na tarde de hoje, na Base Aérea deFortaleza, às 14h45 min, em um avião modelo VC 2550. A missa de corpo presente aconteceu às 15 horas na capelinha na Base Aérea e o enterro acorreu no cemitério Parque da Paz à 17h30 minutos.
Durante o velório estiveram presentes cerca de 120 pessoas, entre amigos, familiares e oficiais da Aeronáutica. Sensibilizado com a morte do Piloto, o Tenente-Coronel Aviador José Aguinaldo de Moura, Comandante do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) da Força Aérea Brasileira, em Pirassununga, mais conhecida como Esquadrilha da Fumaça, deu uma coletiva para imprensa e falou sobre a perda do companheiro. Segundo o Tenente Coronel, os pilotos que fazem parte da Esquadrilha da Fumaça vieram à Fortaleza prestar uma última homenagem a Anderson Amaro Fernandes. “A Esquadrilha que tem a tradição de décadas em levar alegria para o povo brasileiro está vivendo agora um momento difícil”, ressaltou.
Conforme ele, o piloto era uma pessoas extremamente alegre como todo cearense, e deixará muita saudade. Acrescentou também, que a Esquadrilha da Fumaça voltará logo com suas atividades normais, pois era essa certamente seria a vontade de Anderson Amaro Fernandes.
Enterro
A despedida do piloto foi repleta de emoções e homenagens. Muito emocionado Luciano Fernandes, pai de Anderson Amaro Fernandes, falou sobre o orgulho que sentia da profissão do filho. Segundo ele, o piloto fez testes para ingressar tanto no Exército Brasileiro quanto na Aeronáutica e conseguiu passar nas duas Academias. Ressaltou ainda que na época, o filho conversou com ele e decidiu optar pela aviação. “Ele disse que ia escolher a aviação, pois gostava muito de voar e eu aceitei e me orgulhei do meu filho, pois participar da Esquadrilha da Fumaça é uma vitória ”, frisa.
Ainda conforme Luciano Fernandes, o filho tinha alegria de voar e preparava a família psicologicamente para a possibilidade de uma tragédia “Ele pedia para que a mãe não se preocupasse, pois acidentes eram normais na sua profissão. Tenho certeza que meu filho morreu vitorioso”, disse.
Ainda muito abalada com a morte do filho, a mãe de Anderson Amaro Fernandes, Maria Júlia Fernandes, disse que mesmo diante da dor que sentia uma frase que o Anderson sempre dizia a consolava. “Ele falava que amava a aviação e se um dia alguma coisa acontecesse ele iria ficar para sempre no ar, lugar onde eu não poderia toca-lo”, ressaltou.
Durante o enterro aconteceu a tradicional homenagem de Honras Fúnebres, onde oficiais da Aeronáutica deram tiros de festim para o chão. O momento mais emocionante, foi o toque do Hino Nacional Brasileiro e o Tema da Vitória de Ayrton Senna ao som de uma sanfona. Além disso, o cantor e compositor Waldonys fez uma linda homenagem em seu avião, dando um show de acrobacias no ar. Anderson completaria 34 anos no próximo dia 20. Nascido em Fortaleza, ele deixa uma filha de três anos. Segundo a Esquadrilha da Fumaça, ele tinha 3.650 horas de voo.
Fonte: Karla Camila (Diário do Nordeste) - Fotos: Viviane Pinheiro / Divulgação/FAB - Noticias Sobre Aviação
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Nossos mais profundos sentimentos à familia do Capitão Anderson Amaro Fernandes.