Soldados que foram cobaias de experimentos processam Exército israelense
Um grupo de 64 soldados israelenses da reserva entrou com um processo contra o Exército do país, exigindo indenização de 18 milhões de shekels (cerca de R$ 9 milhões), por danos sofridos em consequência de um experimento com um antídoto contra antraz, ao qual foram submetidos durante o serviço militar.
O experimento, denominado Projeto Omar 2 e iniciado há dez anos, envolveu cerca de 600 soldados, de ambos os sexos.
O antraz é uma doença infecciosa aguda causada por uma bactéria e utilizada em armas biológicas.
Os soldados, que entraram com a ação coletiva em um tribunal da cidade de Petach Tikva, afirmam que não receberam todas as informações relevantes sobre os possíveis riscos que correriam, para poder decidir de maneira livre e racional se queriam participar do experimento.
Além do pagamento de indenização, os soldados também exigem que o Exército revele exatamente quais eram os componentes das injeções que receberam para que possam tratar devidamente os efeitos colaterais que passaram a sofrer.
Nesta foto de arquivo de 2008, soldados israelenses treinam em um campo perto de Nativ Haasara no sul de Israel
'Controle rígido'
O Ministério da Defesa declarou que "o experimento Omar 2 foi realizado segundo os padrões aceitos internacionalmente e com a participação de médicos capacitados e reconhecidos, sob um controle rígido".
O ministério também afirmou que deu a todos os participantes no experimento a "possibilidade de abrir um processo pelo reconhecimento de invalidez, caso tenha sido consequência do experimento".
Segundo o ministério, apenas 11 processos foram apresentados ao Departamento de Reabilitação do Exército.
Uma das líderes do grupo, a tenente da reserva Dorit Tahan, disse ao site de noticias Walla que "o Exército se nega a assumir a responsabilidade pela vida dos soldados e menospreza o valor da vida humana".
De acordo com Tahan, os soldados não tiveram outra alternativa exceto se dirigir à Justiça para "dar uma lição ao Exército sobre responsabilidade por vidas humanas".
A tenente também exortou todos os soldados que foram submetidos aos experimentos a se comunicarem com o grupo.
Efeitos colaterais
Vários dos soldados que participaram do experimento relataram que, logo depois de tomar as primeiras injeções, começaram a sofrer problemas respiratórios,de pele, no sistema digestivo, febre alta e fortes dores de cabeça e dores musculares.
As vítimas afirmam que também sofreram danos emocionais, acusam o Exército de ter utilizado seus corpos de maneira ilegítima e exigem ainda que o Exército arque com todas as despesas do tratamento médico para elas e seus filhos e suspenda totalmente os experimentos médicos feitos com soldados.
Segundo os soldados, efeitos colaterais do experimento também podem passar de pais para filhos.
De acordo com o processo, as autoridades militares tinham pedido total sigilo sobre os experimentos aos soldados.
As autoridades também disseram que a bactéria do antraz significava uma ameaça existencial para os cidadãos israelenses e que a participação no experimento tinha uma "alta importância nacional" por estarem ajudando na produção de um antídoto eficaz contra a doença.
Fonte: O Globo
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"O câncer está a propagar-se rapidamente no Iraque. Milhares de bebês estão a nascer com deformidades. Os médicos dizem que estão a lutar para enfrentar o aumento do câncer e dos defeitos natos, especialmente em cidades sujeitas a pesado bombardeamento americano e britânico". — Jalal Ghazi, para New America Media
Segundo Dahr Jamail,
"Os militares americanos e britânicos utilizaram mais de 1700 toneladas de urânio empobrecido (depleted uranium, DU) no Iraque durante a invasão de 2003 (Jane's Defence News, 4/2/04) acima da 320 toneladas utilizadas na Guerra do Golfo de 1991 (Inter Press Service, 3/25/03). Literalmente, todas as pessoas com quem falei no Iraque durante os meus nove meses de reportagem ali sabem de alguém que sofre ou morreu de câncer.
http://port.pravda.ru/mundo/01-04-2010/29198-guerra_du-0
Quem serão os próximos??