O OVO DA SERPENTE NO VENTRE DEMOTUCANO
"Quem fuma é uma pessoa sem Deus" (José Serra)
"Quem fuma é uma pessoa sem Deus" (José Serra)
A sentença ‘bíblica' expelida por Serra no dia 1º de Maio, quando sugestivamente participava de um ato religioso da Assembléia de Deus, condensa mais que uma pérola do oportunismo eleitoral. O tucano tateia um novo amálgama ideológico para uma candidatura que precisa se distinguir sem revelar a sua essência anti-Lula --o Presidente da República, por sinal, fuma cigarrilhas...
Serra busca um coagulador ideológico que reúna o componente de massa historicamente negado ao conservadorismo nativo, um dependente clínico da mídia, desde a UDN de Carlos Lacerda. Duas forças não engatadas no 'catch all' do amplo comboio lulista estão na mira da pátina verde/fé testada pelo tucano no dia 1º de Maio. De um lado, encontra-se aquilo que a Folha denomina como sendo ‘a classe média iluminista', preocupada com o consumo politicamente correto e a descarbonização do seu almoço sob o capitalismo.
A Folha hoje é quase um órgão de circulação interna desse clube, majoritariamente tucano, assim como o universo de leitores do jornal (54% votam em Serra; 18% em Marina). Na outra ponta, figuram amplos segmentos da pobreza urbana abandonados pela Igreja Católica com a repressão desfechada pelo Vaticano contra as Comunidades de Base. Capturados pelo salvacionismo religioso, como o da Assembléia de Deus, de Marina Silva, que patrocinou a pregação de Serra, mantém-se relativamente afastados da política e dos sindicatos.
A operação embutida na frase do tucano busca dar a esse coquetel uma coerência ideológica baseada na idéia de que a questão social no século XXI será resolvida pela ‘técnica' (agenda verde + 'gestão eficiente') e pelo fanatismo religioso. Esse é o ovo da serpente adulado no ventre da coalizão demotucana, mas os petizes frankfurtinianos da pág. 2 da Folha silenciam; alguns até dançam alegremente ao som do chocalho. Perto disso, o Bolsa Família é quase uma ‘bandeira' bolchevique..."
Serra busca um coagulador ideológico que reúna o componente de massa historicamente negado ao conservadorismo nativo, um dependente clínico da mídia, desde a UDN de Carlos Lacerda. Duas forças não engatadas no 'catch all' do amplo comboio lulista estão na mira da pátina verde/fé testada pelo tucano no dia 1º de Maio. De um lado, encontra-se aquilo que a Folha denomina como sendo ‘a classe média iluminista', preocupada com o consumo politicamente correto e a descarbonização do seu almoço sob o capitalismo.
A Folha hoje é quase um órgão de circulação interna desse clube, majoritariamente tucano, assim como o universo de leitores do jornal (54% votam em Serra; 18% em Marina). Na outra ponta, figuram amplos segmentos da pobreza urbana abandonados pela Igreja Católica com a repressão desfechada pelo Vaticano contra as Comunidades de Base. Capturados pelo salvacionismo religioso, como o da Assembléia de Deus, de Marina Silva, que patrocinou a pregação de Serra, mantém-se relativamente afastados da política e dos sindicatos.
A operação embutida na frase do tucano busca dar a esse coquetel uma coerência ideológica baseada na idéia de que a questão social no século XXI será resolvida pela ‘técnica' (agenda verde + 'gestão eficiente') e pelo fanatismo religioso. Esse é o ovo da serpente adulado no ventre da coalizão demotucana, mas os petizes frankfurtinianos da pág. 2 da Folha silenciam; alguns até dançam alegremente ao som do chocalho. Perto disso, o Bolsa Família é quase uma ‘bandeira' bolchevique..."
FONTE: cabeçalho da 1ª página de hoje (03/05) do site "Carta Maior" - Via: Democracia & Politica
2 Comentários
http://judsonline.blogtok.com/blog/16304/
http://mariafro.com.br/wordpress/?p=180
http://www.contee.org.br/2turno06/m17.htm
http://www.consciencia.net/?p=3687&cpage=1
O pior é que o responsável pela matéria disse ter relatado algo que lhe falaram.
Escreveu sem conferir a veracidade. Deve ser porque era verdade.