Em 3 de Julho de 1988, o estreito de Ormuz foi palco de uma das mais controversas tragédias da aviação da História, quando o vôo 655 da companhia iraniana Iran Air, um Airbus A300, foi abatido por um navio de guerra da marinha americana, o USS Vincennes (CG-49). Todos os 290 passageiros e tripulação a bordo morreram (dentre os quais 66 crianças).
O Voo 655 da Iran Air (IR655) cumpria uma rota comercial entre Teerã e Dubai, com escala em Bandar Abbas. No trecho entre Bandar Abbas e Dubai, o A-300 foi abatido por um míssil. O Navio da Marinha americana (USS Vincennes) identificou erroneamente a aeronave de passageiros iraniana como um caça militar F-14A Tomcat em procedimento de ataque. (Veja aqui o Relatório do Departamento de Defesa dos EUA)
À época o Irã estava em guerra com o Iraque e tinha conhecimento de que os Estados Unidos apoiavam indiretamente o governo de Saddam Hussein, com informações de satélite e incentivo para que terceiros países lhe oferecessem material bélico.
Os Estados Unidos, com a finalidade manter a estabilidade da oferta de petróleo, também vinham protegendo os petroleiros do Kuwait que transportavam as exportações de petróleo iraquiano.
Diante deste quadro geopolítico, o Irã sempre questionou o abate da aeronave afirmando que o ato caracterizava um maior envolvimento dos EUA em favor do Iraque. Em meio ao “embroglio internacional” o Governo americano propôs um cessar-fogo ao Iraque de Saddam, que foi aceito e posteriormente levou ao fim do conflito com o Irã.
F-14A do Irã
Interessante observar é que o governo dos EUA jamais se desculparam pelo incidente com o Irã. Alem de ter condecorado os marinheiros do navio responsáveis pelo abate do Airbus A-300. O caso ainda encontra-se em análise pelo Tribunal de Haia a pedido do Irã (Documentação apresentada pelo Irã e pelos EUA ao Tribunal de Haia).
Fonte: Wikipédia – Texto e adaptação: By Vinna
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