Pilotos da Bolívia e Brasil concluíram hoje cinco dias de treinamento conjunto para combater o trânsito fronteiriço de aeronaves envolvidas em crimes como o narcotráfico, informou newsta sexta-feira um porta-voz da Força Aérea boliviana.
A fonte disse à Agência Efe que o Primeiro Exercício Operacional BOL-BRA I, para lutar contra as "atividades ilícitas transnacionais", terminou de forma positiva no departamento (estado) de Santa Cruz, na fronteira com o Brasil.
A fronteira entre os dois países, de mais de três mil quilômetros de extensão, é cruzado por pequenos aviões de narcotraficantes que exportam a cocaína produzida na Bolívia para o mercado brasileiro.
Segundo dados das autoridades brasileiras, 59% da cocaína confiscada neste ano no Brasil vem de território boliviano.
O presidente boliviano, Evo Morales, também líder dos sindicatos de plantadores de coca, ordenou em maio reforçar as fronteiras com o Brasil e Paraguai para combater as drogas, o tráfico de armas e a exploração ilegal de recursos naturais.
Morales também autorizou o investimento de US$ 58 milhões em seis aviões K-8 de fabricação chinesa que chegarão à Bolívia em fevereiro de 2011 e serão destinados a capturar ou derrubar "narcoaviões", segundo as autoridades.
O Governo Morales, que atualmente depende de aeronaves emprestadas pelos Estados Unidos para lutar contra as drogas, também negocia com a Rússia a compra de helicópteros para usá-los no combate ao narcotráfico e na atenção a desastres naturais.
Para os exercícios realizados nesta semana em Santa Cruz, a Força Aérea Brasileira levou para a Bolívia um A-29 Super Tucano, um Embraer P-99 e o C-105. Os bolivianos utilizaram aeronaves dos modelos T-33, Pilatus PC-7, Cessna 210 e helicópteros UH-1H.
Fonte: EPA
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