Em uma troca de afirmações contraditórias na quarta-feira passada (4/8) envolvendo dois países adversários da hegemonia ocidental, o Irã afirmou ter adquirido quatro armamentos de defesa antiaérea da Bielorrússia, o que foi em seguida desmentido pelo país europeu.
Segundo a agência de notícias iraniana Fars, a república islâmica teria comprado os mísseis S-300 bielorrussos e de outras duas origens não reveladas.
No entanto, horas depois, o governo da antiga república soviética negou a informação e afirmou categoricamente que "nunca forneceu sistemas S-300 ou seus componentes ao Irã".
"O comitê estatal militar-industrial pode declarar oficialmente que a Bielorrússia nunca teve conversações com o Irã sobre a venda de sistemas de defesa antiaérea S-300", disse um porta-voz do órgão, Vladímir Lavreniuk, à agência russa RIA Novosti.
O comunicado lido por Lavreniuk também muda o tom ao se referir ao Irã, um parceiro estratégico do mais isolado país da Europa. "A Bielorrúsia cumpre estritamente suas obrigações internacionais no comércio de armamentos e nunca vende armas para regimes instáveis ou ostracizados", disse o texto.
Resistência
O Irã e a Bielorrússia são dois focos de resistência à geopolítica ocidental na Eurásia, que vivem do setor de energia, seja na extração de petróleo e gás (no caso iraniano) ou no transporte terrestre por gaso e oleodutos (no caso bielorrusso). Por isso, há anos, Minsk e Teerã vêm desenvolvendo uma parceria tanto de caráter político quanto econômico.
Em maio, o ministro iraniano da Indústria e Mineração, Ali-Akbar Mehrabian, esteve na Bielorrússia, supostamente para visitar projetos de empresas iranianas instaladas em território bielorrusso e discutir "projetos bilaterais".
Os mísseis S-300 PT (conhecidos como SA-10 Grumble pelo código da Otan) são capazes de interceptar outros mísseis e aeronaves a distâncias de 144 quilômetros e a uma altura de 27,4 mil metros.
Obsoletos
O Irã já tinha assinado um contrato de fornecimento de mísseis terra-ar S-300 com a Rússia, em 2007. Mas Moscou vem adiando repetidas vezes a entrega dos armamentos por causa de pressões diplomáticas por parte dos EUA e de Israel.
No mês passado, a mídia russa chegou a divulgar que o Kremlin teria cancelado o contrato, sem maiores esclarecimentos. No entanto, embora tanto Moscou quanto Teerã tenham reiterado que o negócio continua válido, a venda não foi concretizada até hoje. A operação contrariaria a resolução 1929 do Conselho de Segurança da ONU, que impôs sanções à venda de armas para o Irã, e foi aprovada também pela Rússia.
Os S-300 são considerados obsoletos por publicações especializadas. Segundo o portal Defense Systems News, a Bielorrússia teria estimado em 140 bilhões o preço por duas unidades dos armamentos.
Via Operamundi
No entanto, horas depois, o governo da antiga república soviética negou a informação e afirmou categoricamente que "nunca forneceu sistemas S-300 ou seus componentes ao Irã".
"O comitê estatal militar-industrial pode declarar oficialmente que a Bielorrússia nunca teve conversações com o Irã sobre a venda de sistemas de defesa antiaérea S-300", disse um porta-voz do órgão, Vladímir Lavreniuk, à agência russa RIA Novosti.
O comunicado lido por Lavreniuk também muda o tom ao se referir ao Irã, um parceiro estratégico do mais isolado país da Europa. "A Bielorrúsia cumpre estritamente suas obrigações internacionais no comércio de armamentos e nunca vende armas para regimes instáveis ou ostracizados", disse o texto.
Resistência
O Irã e a Bielorrússia são dois focos de resistência à geopolítica ocidental na Eurásia, que vivem do setor de energia, seja na extração de petróleo e gás (no caso iraniano) ou no transporte terrestre por gaso e oleodutos (no caso bielorrusso). Por isso, há anos, Minsk e Teerã vêm desenvolvendo uma parceria tanto de caráter político quanto econômico.
Em maio, o ministro iraniano da Indústria e Mineração, Ali-Akbar Mehrabian, esteve na Bielorrússia, supostamente para visitar projetos de empresas iranianas instaladas em território bielorrusso e discutir "projetos bilaterais".
Os mísseis S-300 PT (conhecidos como SA-10 Grumble pelo código da Otan) são capazes de interceptar outros mísseis e aeronaves a distâncias de 144 quilômetros e a uma altura de 27,4 mil metros.
Obsoletos
O Irã já tinha assinado um contrato de fornecimento de mísseis terra-ar S-300 com a Rússia, em 2007. Mas Moscou vem adiando repetidas vezes a entrega dos armamentos por causa de pressões diplomáticas por parte dos EUA e de Israel.
No mês passado, a mídia russa chegou a divulgar que o Kremlin teria cancelado o contrato, sem maiores esclarecimentos. No entanto, embora tanto Moscou quanto Teerã tenham reiterado que o negócio continua válido, a venda não foi concretizada até hoje. A operação contrariaria a resolução 1929 do Conselho de Segurança da ONU, que impôs sanções à venda de armas para o Irã, e foi aprovada também pela Rússia.
Os S-300 são considerados obsoletos por publicações especializadas. Segundo o portal Defense Systems News, a Bielorrússia teria estimado em 140 bilhões o preço por duas unidades dos armamentos.
Via Operamundi
2 Comentários
Saudações
Hélio Corrêa
o preço certamente ta errado. não é 140 bi. Quanto é eu não sei ao certo mas uma bateria do s-300 (4 caminhões lançadores e 3 caminhões radar móvel) não sai por mais que de 200 mi
A noticia tb tem outro erro quando fala misseis (2) na verdade quer dizer duas baterias de misseis (2 conjuntos como o que descrevi acima) basta ver a noticia no site da fars (dia 4/8 se não me engano)
Valeu a observação!