O Departamento de Defesa dos Estados Unidos prepara-se para pedir ao Congresso do país autorização para a venda de aproximadamente US$ 60 bilhões em armas para a Arábia Saudita. Se concretizada, a transação tem potencial para tornar-se a maior venda individual de armas já realizada por Washington.
Ao contrário de recentes propostas de vendas de armas para Riad, a expectativa é de que o Congresso norte-americano desta vez aprove o negócio. A transação vem sendo articulada há meses e tem sido interpretada por analistas como uma tentativa de contrabalançar o aumento da influência regional do Irã.
Uma fonte no Pentágono disse à Associated Press que a formalização do pedido ao Congresso deve acontecer em mais ou menos uma semana. Os EUA têm buscado realinhar sua política de defesa no Oriente Médio em um momento no qual Teerã trabalha no aumento do alcance e da precisão de mísseis e outras armas, o que poderia representar uma ameaça a países como Israel e aliados de Washington na Europa.
Apesar da expectativa de aprovação, existe o risco de a transação ser vetada nas comissões de Relações Exteriores mantidas pela Câmara dos Representantes e pelo Senado. "Pode-se esperar que uma ordem de suspensão será imposta a essa transação", disse um assessor. Outra fonte afirmou que "há uma preocupação séria sobre materiais sensíveis que deverão ser incluídos no negócio".
Pedido
Segundo o Wall Street Journal, US$ 60 bilhões são o valor do pedido feito pela Arábia Saudita, mas a compra inicial deverá ficar em metade daquele valor. O jornal acrescentou que o governo Obama também está negociando a venda de equipamentos de defesa antimísseis e de defesa naval, que poderiam chegar a mais algumas dezenas de bilhões de dólares.
Em sua notificação ao Congresso, esperada para esta semana ou a próxima, o governo Obama autoriza a Arábia Saudita a comprar até 84 novos caças F-15, sistemas para atualizar outros 70 caças F-15 e três modelos de helicópteros: 70 Apaches, 72 Black Hawks e 36 Little Birds.
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