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A Casa Branca se disse satisfeita nesta quarta-feira, 22, com a ordem do presidente russo, Dimitri Medvedev,de proibir a venda de mísseis S-300 ao Irã em cumprimento da resolução 1929 do Conselho de Segurança da ONU, que estabelece uma quarta rodada de sanções contra Teerã por seu controverso programa nuclear.

egundo Mike Hammer, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, com essa decisão, Medvedev "demonstrou liderança na hora de exigir que o Irã cumpra com suas obrigações internacionais".

"Continuamos comprometidos com nossos sócios internacionais para encontrar uma solução negociada para a questão nuclear iraniana", afirmou o porta-voz, que destacou a proximidade da cooperação entre Washington e Moscou em favor de seus interesses sobre a segurança global.

O decreto proíbe a entrega ao Irã de qualquer tipo de tanque, carros blindados, peças de artilharia de grosso calibre, aviões e helicópteros de combate, navios de guerra, mísseis ou baterias de mísseis, informou o Kremlin em um comunicado.

O documento ressalta que a proibição também afeta os sistemas antiaéreos como mísseis S-300, que o Irã esperava receber devido a um contrato assinado pelos dois países em 2007.

Neste ano, Rússia e Irã firmaram um contrato no qual Moscou iria fornecer a Teerã cinco sistemas de defesa antiaérea S-300 por US$ 800 milhões de dólares, mas o Kremlin congelou a operação por motivos políticos em meio a nova etapa de relações com os EUA.

Teerã sustenta que os S-300 não contradizem nenhum acordo internacional sobre a venda ou proliferação de armas e adverte que a negativa russa prejudicará as relações bilaterais.

Impasse

As potências ocidentais acusam o Irã de esconder, sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e aplicações bélicas, cujo objetivo seria a aquisição de armas atômicas. Teerã nega tais alegações.

As tensões sobre o programa nuclear iraniano se acirraram no final do ano passado após o Irã rejeitar uma proposta de troca de urânio feita por EUA, Rússia e Reino Unido. Meses depois, o país começou a enriquecer urânio a 20%.

Um acordo mediado por Brasil e Turquia para troca de urânio chegou a ser assinado com o Irã em maio. O acordo, porém, foi rejeitado pelo Grupo de Viena - composto por Rússia, França, EUA e AEIA - e o Conselho de Segurança da ONU optou por impor uma quarta rodada de sanções ao país.

Fonte: Estadão