O governo chinês afirmou ontem esperar que a "parceria estratégica" com o Brasil continue a se desenvolver sob o governo de Dilma Rousseff, a quem o presidente Hu Jintao cumprimentou pela eleição de domingo.

"Atualmente, as relações sino-brasileiras mantêm uma boa dinâmica", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei. O cumprimento de Hu Jintao foi transmitido a Dilma por meio da embaixada chinesa em Brasília.


Os Chineses tem demonstrado em seus projetos que pretendem usar aviões de asa fixa de alerta aereo antecipado em seu porta aviões (imagem acima). A operação destas aeronaves importa em utilização de sistema de catapultas e não de rampas. Ante esse fato assim como especulamos aqui certamente é ponto de interesse por parte dos chineses o "retofit" da catapulta do A-12 São Paulo ja anunciado. Tal iniciativa importa na desmontagem completa do sistema e sua análise interessa aos chineses conforme ja especula o China Defense Blog que inclusive aventa apossibilidade de parte dos custos da recuperação do porta aviões brasileiro estar sendo "bancada" pelos chineses. a China ja manifestou interesse em promover treinamentos conjuntos entre os exércitos dos dois países na China, em 2011, e entre pilotos das duas forças aéreas.

A China se transformou neste ano no principal parceiro comercial do Brasil, e caminha para se tornar um dos principais investidores estrangeiros no País. Mas parte da indústria nacional vê no câmbio desvalorizado da China uma vantagem desleal na competição por mercados dentro e fora do Brasil.

A questão cambial ganhou peso adicional com a recente desvalorização do dólar, ao qual a moeda chinesa está atrelada. Depois de dois anos de congelamento, Pequim voltou a permitir a apreciação do yuan em junho, mas desde então o ganho foi inferior a 3%.

Economistas sustentam que seria necessária uma valorização de pelo menos 20% para levar a moeda chinesa ao patamar que deveria alcançar caso seu valor fosse definido por forças de mercado, e não pela intervenção do banco central.

Fonte: Estadão