Em uma carta ao diretor do jornal The Times, os cinco militares signatários afirmam que a decisão, anunciada no mês passado pelo governo de coalizão como parte de uma drástica revisão dos gastos de defesa e segurança, é "estratégica e financeiramente perversa".
"Acreditamos que o primeiro-ministro foi mal aconselhado a abandonar os aviões Harrier e o 'HMS Ark Royal', passando a depender totalmente do Tornado", indicam os signatários, liderados pelo almirante Alan West, que ocupou o cargo de secretário de Estado encarregado de anti-terrorismo no governo trabalhista derrotado nas eleições de maio.
Em relação às Malvinas, revalorizadas graças a seu recém descoberto potencial petrolífero, o texto reza que "durante os próximos 10 anos, pelo menos, a Argentina está praticamente convidada a nos infligir uma humilhação nacional da escala da perda de Cingapura, da qual o prestígio britânico (...) talvez não se recupere nunca".
A Grã-Bretanha, que ocupa este arquipélago do Atlântico sul situado a 400 quilômetros da costa argentina desde 1833, saiu vencedora de uma breve guerra em 1982 após a invasão protagonizada pelas tropas da última ditadura Argentina. Desde então, a Argentina continua reivindicando sua soberania sobre as ilhas por via diplomática.
Fonte: AFP
Nota: Quem conhece um pouco da história sabe que isso é muito mas lobby que qualquer outra coisa. As forças Argentinas hoje não são nem sombra do que eram em 1982, a saber:
1. A guerra das Malvinas começa para valer em 2 de abril de 1982, quando as forças navais argentinas tomam Stanley, a capital das ilhas. Em resposta à invasão, aGrã-Bretanha envia à região uma força-tarefa em meados de abril, cruzando 13 mil quilômetros pelo oceano Atlântico
2. No dia 25 de abril, uma unidade britânica desembarca em uma ilha próxima, a Geórgia do Sul, que também estava nas mãos dos argentinos. Depois de breves combates, a Grã- Bretanha retoma o controle da ilha e começa a preparar o contra-ataque, adaptando equipamentos para receber armas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a aliança militar da qual o país faz parte
3. Ao mesmo tempo, os argentinos se preparam para interceptar as forças britânicas. No final de abril, eles posicionam a noroeste das Malvinas o porta-aviões Veinticinco de Mayo, levando oito caças-bombardeiros, seis aviões a hélice e quatro helicópteros, todos a postos para o combate
4. A maior baixa argentina acontece no dia 2 de maio: longe da zona de conflito, o cruzador General Belgrano é torpedeado por um submarino britânico de propulsão atômica e afunda, matando 368 homens. Enquanto isso, nas imediações das Malvinas, os dois exércitos travam intensas batalhas no ar
5. Dois dias depois, a resistência aérea argentina consegue uma vitória a oeste dasMalvinas ao atingir o destróier Sheffield, matando 20 homens. Nos dias seguintes, ataques argentinos afundam mais quatro navios. Mas as baixas não conseguem impedir o avanço da moderna esquadra britânica, que se aproxima cada vez mais das ilhas Malvinas.
6. O avanço britânico se consolida em 21 de maio, com um desembarque anfíbio na costa norte da ilha Malvina Oriental. Enfrentando tropas mal preparadas e com armas antiquadas, os britânicos capturam povoados menores, como Goose Green, até cercarem a capital, Stanley. Em 14 de junho, os argentinos se rendem e a guerra acaba
Argentina x Grã-Betanha
ARGENTINA
10 mil soldados
750 mortos
NO AR: A frota era numerosa mas antiga, composta principalmente por aviões Skyhawk da década de 60
NO MAR: Inferiorizados, os argentinos só tinham um porta-aviões e submarinos a diesel, que possuem pouca autonomia embaixo d’água
EM TERRA: A maioria dos 10 mil soldados não tinha experiência militar. Mal armadas e sem proteção contra o frio da região, as tropas protagonizaram rendições em massa para o Exército britânico
GRÃ-BRETANHA
28 mil soldados
256 mortos
NO AR: Os modernos caças-bombardeiros a jato Harrier e Sea Harrier eram poucos, mas rivalizaram com a numerosa frota argentina.
NO MAR: Além dos dois porta-aviões, o grande destaque da esquadra eram três submarinos de propulsão nuclear, que podiam ficar embaixo d’água por meses
EM TERRA: Além de a tropa ter quase três vezes mais combatentes que a rival, os soldados britânicos eram todos profissionais e contavam com o moderno armamento da Otan.
Fonte dos dados: Blog Construindo a História
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