O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou neste sábado (6) novos acordos comerciais com a Índia, no valor de US$ 10 bilhões (R$ 16,8 bilhões).

Obama está em Mumbai, na Índia, primeira parada de um giro de dez dias pela Ásia, viagem de forte cunho econômico num momento em que os Estados Unidos tentam aumentar suas exportações e criar novos empregos.

Os acordos comerciais incluem, por exemplo, a venda de 30 aviões da Boeing para a companhia aérea privada indiana SpiceJet; a venda (ainda em fase preliminar) de aviões militares americanos e peças de aviação ao Exército indiano; e a venda de turbinas a uma empresa energética.

A Casa Branca afirma que os acordos ajudarão na criação e manutenção de 54 mil empregos nos Estados Unidos.

Também foi confirmada a venda de dez aeronaves de transporte C-17 Globemaster III para Índia. Atualmente a Índia conta com cerca de 100 AN-32 e 20 Il-76. Recentemente a IAF adquiriu seis C-130J e seis A330 MRTT.

Diante de empresários indianos e americanos, Obama declarou que 'o tamanho e o ritmo do progresso indiano nas (últimas) duas décadas são uma das conquistas mais surpreendentes da história humana'.

Pouco antes, Obama havia discursado diante do hotel Taj Mahal Palace, palco de uma ação terrorista em 2008 que deixou mais de 170 mortos e 300 feridos em Mumbai.

Obama afirmou que sua decisão de começar sua visita oficial à Índia na cidade teve como objetivo enviar uma 'mensagem'. 'Mumbai é o símbolo da incrível energia e otimismo que definem a Índia do século 21', disse o presidente. 'Desde aqueles dias terríveis, dois anos atrás, o Taj tem sido um símbolo de força e resistência do povo indiano.'

Giro asiático
Além da Índia, o giro presidencial incluirá Indonésia, Coreia do Sul e Japão, num esforço de fortalecer lações comerciais e aumentar as exportações dos Estados Unidos. Em Seul (Coreia do Sul), o presidente americano participará na próxima semana da reunião de líderes do G20, na qual também estarão o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita Dilma Rousseff.

Antes de viajar, Obama referiu-se à sua intenção de dobrar as exportações americanas à Índia, mercado ainda pouco explorado pelos Estados Unidos, em comparação com regiões como China ou a União Europeia.

Fonte: G1