O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, participaram na sexta-feira, na base de Getafe, na Espanha, da cerimônia de inspeção do recebimento do primeiro avião de patrulha marítima P-3AM modernizado pela Airbus Military para a Força Aérea Brasileira (FAB). O pacote completo é composto por nove aeronaves P-3, fabricadas nos Estados Unidos, convertidas a partir de um lote de 12, ao custo de US$ 470,9 milhões.


O grupo especializado em aviação de patrulha da FAB vai levar a observação oceânica até o limite da África, expandindo consideravelmente a capacidade de busca e resgate. A área de cobertura de segurança sob responsabilidade do País é de cerca de 6 milhões de quilômetros quadrados sobre o Atlântico - 2 milhões de quilômetros quadrados além da área conhecida como Amazônia Azul.


Mais que isso, os grandes turboélices de quatro motores ganharam notável capacidade de combate. Podem lançar o míssil ar-superfície Harpoon, com alcance de 90 quilômetros, e despejar minas antinavio. A capacidade total de carga é de 9 toneladas, incluídos aí torpedos, bombas guiadas, cargas de profundidade e mísseis ar-ar de curto alcance da classe Piranha. O P-3AM é a versão militar do Electra, utilizado na ponte aérea entre Rio de Janeiro e São Paulo de 1975 a 1992.
As aeronaves vão ficar na base aérea de Salvador, agregadas ao 7.º Grupo de Aviação. Pesadas e de grande porte, podem permanecer em voo por 16 horas, com alcance de até 9 mil quilômetros em patrulha - ou metade disso em missão de ataque. O complexo sistema de procura e localização eletrônica é muito avançado, identifica objetos de 60 centímetros sobre a água e esquadrinha blocos de centenas de quilômetros simultaneamente. A capacidade de detecção submarina é informação sigilosa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Agência Estado - Foto: defensa.com - Via: Noticias Sobre Aviação