Nove dias antes do fim do ano, o Estado português recebeu formalmente no porto de Kiel, na Alemanha, o segundo submarino comprado a um consórcio alemão. O nome já estava escolhido, mas esta quarta-feira a Marinha explicou que o Arpão, que já tem bandeira portuguesa, permanecerá durante as próximas semanas em Kiel para serem realizados treinos da guarnição a bordo, incluindo novos testes de mar.

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A entrega acontece mesmo a tempo do custo deste submergível e do primeiro, o Tridente, entregue em meados de Junho (que rondam os mil milhões de euros), serem incluídos na contas de 2010. O primeiro-ministro José Sócrates já assumiu no Parlamento que a “despesa extraordinária dos submarinos” iria ser paga com receitas extraordinárias – obtidas com a transferência do Fundo de Pensões da PT para o Ministério das Finanças.

O Arpão é comandado por Baptista Pereira e tem uma guarnição de 33 militares. “Ao explorarmos a nossa dimensão subaquática, estamos a melhorar decisivamente a nossa capacidade de aumentar a vigilância do nosso espaço, mantendo as nossas águas seguras”, disse ontem o Almirante José Saldanha Lopes, na cerimónia de recepção do submarino.

Nada se ouviu sobre o polémico processo de aquisição dos submergíveis que está a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) por suspeitas de suborno. Já em fase de instrução está o processo das contrapartidas dos submarinos, em que três gestores alemães e sete portugueses estão acusados de burla qualificada e falsificação de documentos.

Fonte: Publico PT