Recorrente como atentados no Iraque, descalabros de políticos brasileiros ou greves na França, o rigoroso inverno europeu com suas nevascas atrapalha o funcionamento da aviação civil. Na versão 2010, houve discreta novidade quase desapercebida do grande público diante de espetáculos mais chamativos – aviões cobertos de neve retidos no solo e milhares de passageiros dormindo no chão dos aeroportos. A Airbus emitiu nota aos seus clientes que operam aeronaves dos tipos A340 e A330, o mesmo do acidente Air France 447 no qual morreram 228 pessoas – entre elas 58 eram brasileiros.
O fabricante europeu, filial da EADS, alerta sobre o procedimento a seguir quando as sondas Pitot congelam enviando informações erradas sobre a velocidade do avião para o sistema de navegação, o Flight Director. A possibilidade aumenta com a queda de temperatura. O congelamento dos sensores Pitot, fabricados pela gigante francesa Thales, é o ponto de partida mais plusível que encadeou a sequência trágica do AF 447 na madrugada do 1 de junho de 2009. Quando o sistema de navegação do Airbus recebe informações incoerentes, o piloto automático é imediatamente desativado.
A nota da Airbus – Flight Operations Telex – recomenda que os pilotos devem continuar pilotando o avião até que a situação normalize o que permite o piloto automático voltar a operar. Ou seja, até que as informações dos três sensores acoplados no exterior da aeronave forneçam dados coerentes e verificáveis através de check-list. Mas se os valores forem próximos uns dos outros, o Flight Director pode considerá-las erroneamente válidas para boa navegação. Neste caso, induzidos ao erro, os pilotos ficar tentados a reativar o piloto automático de forma prematura.
Em efeito, baseado em falsas informações, o piloto automático dá potência máxima às turbinas, puxa o manche empinando o bico do avião quase na posição vertical. A aeronave pode perder sustentação entrando em ritmo de queda desgorvenada. As principais conjecturas sobre o acidente do AF 447 versam sobre a maneira pela qual os pilotos tiveram que subitamente retomar o comando manual do aparelho. Isso aconteceu à noite, atravessando um aglomerado de cúmulos-nimbos, as nuvens carregadas de eletricidade e permeadas por rajadas de vento de até 200 quilômetros por hora, a 37.000 pés acima do Oceano Atlântico.
O inverno europeu motivou a nota da Airbus a uma centena de companhias aéreas. A recomendação joga luz sobre o que a companhia considera indizível: a principal causa da tragédia do AF 447. Mas ela só será 100% confirmada se as caixas pretas perdidas no fundo o Atlântico forem encontradas.
Uma nova etapa de buscas está prevista para inicias em fevereiro de 2011. As 24 mensagens de panes – ACAR – envidas pelo A330 à manutenção da Air France, em Paris, pouco antes da catástrofe aérea da companhia francesa, não indicaram se os pilotos do AF 447 ativam o comando automático. A última mensagem informa que o aparelho perde altitude em velocidade vertiginosa: 18.000 pés por minuto ou 329 quilômetros por hora.
O fabricante europeu, filial da EADS, alerta sobre o procedimento a seguir quando as sondas Pitot congelam enviando informações erradas sobre a velocidade do avião para o sistema de navegação, o Flight Director. A possibilidade aumenta com a queda de temperatura. O congelamento dos sensores Pitot, fabricados pela gigante francesa Thales, é o ponto de partida mais plusível que encadeou a sequência trágica do AF 447 na madrugada do 1 de junho de 2009. Quando o sistema de navegação do Airbus recebe informações incoerentes, o piloto automático é imediatamente desativado.
A nota da Airbus – Flight Operations Telex – recomenda que os pilotos devem continuar pilotando o avião até que a situação normalize o que permite o piloto automático voltar a operar. Ou seja, até que as informações dos três sensores acoplados no exterior da aeronave forneçam dados coerentes e verificáveis através de check-list. Mas se os valores forem próximos uns dos outros, o Flight Director pode considerá-las erroneamente válidas para boa navegação. Neste caso, induzidos ao erro, os pilotos ficar tentados a reativar o piloto automático de forma prematura.
Em efeito, baseado em falsas informações, o piloto automático dá potência máxima às turbinas, puxa o manche empinando o bico do avião quase na posição vertical. A aeronave pode perder sustentação entrando em ritmo de queda desgorvenada. As principais conjecturas sobre o acidente do AF 447 versam sobre a maneira pela qual os pilotos tiveram que subitamente retomar o comando manual do aparelho. Isso aconteceu à noite, atravessando um aglomerado de cúmulos-nimbos, as nuvens carregadas de eletricidade e permeadas por rajadas de vento de até 200 quilômetros por hora, a 37.000 pés acima do Oceano Atlântico.
O inverno europeu motivou a nota da Airbus a uma centena de companhias aéreas. A recomendação joga luz sobre o que a companhia considera indizível: a principal causa da tragédia do AF 447. Mas ela só será 100% confirmada se as caixas pretas perdidas no fundo o Atlântico forem encontradas.
Uma nova etapa de buscas está prevista para inicias em fevereiro de 2011. As 24 mensagens de panes – ACAR – envidas pelo A330 à manutenção da Air France, em Paris, pouco antes da catástrofe aérea da companhia francesa, não indicaram se os pilotos do AF 447 ativam o comando automático. A última mensagem informa que o aparelho perde altitude em velocidade vertiginosa: 18.000 pés por minuto ou 329 quilômetros por hora.
- Veja Abril - Via: Aeroflower
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Quem é o autor?
Antonio Ribeiro
Blog de Paris