O australiano, cujo site causou alvoroço na diplomacia norte-americana ao divulgar milhares de documentos sigilosos sobre as relações diplomáticas do governo dos EUA, teve sua atitude valorizada pelo presidente em um discurso de defesa à liberdade de expressão.
"Aparece o tal do WikiLeaks e desnuda a diplomacia que parecia inatingível, parecia a mais certa do mundo, e aí começa uma busca. Não sei se colocaram cartaz como nos tempos do faroeste, procura-se vivo ou morto, e prenderam o rapaz", disse Lula.
"Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas", disse.
Líderes e autoridades diplomáticas mundiais têm divergido sobre as atitudes de Assange, com alguns países condenando a divulgação dos documentos do Wikileaks e outras autoridades compartilhando a opinião de Lula.
Em tom irônico, Lula disse que a presidente eleita Dilma Rousseff tem que alertar seus ministros sobre os perigos do vazamento de informações.
"Eu não sei se meus embaixadores passam esses telegramas, mas a Dilma tem que saber e falar para os seus ministros. Se não tiver o que escrever, não escreva bobagem, passa em branco a mensagem", disse o presidente.
Assange, que vive periodicamente na Suécia, foi acusado este ano de conduta sexual imprópria por duas voluntárias suecas do WikiLeaks. O australiano, que nega as acusações, foi preso em Londres em consequência de um mandado internacional por essa acusação.
Apesar da prisão, o WikiLeaks prometeu que continuará divulgando detalhes dos despachos confidenciais norte-americanos. Até agora, apenas uma pequena parte foi publicada.
Fonte: G1
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