Uma reportagem publicada pelo jornal britânico Daily Mail dá detalhes sobre a relação do criador do WikiLeaks, Julian Assange, com as duas suecas que o acusam de abuso sexual e estupro. Segundo fontes policiais, Assange se relacionou sexualmente com as duas na mesma semana e, após a descoberta dos encontros quase concomitantes, elas foram juntas denunciar o australiano.

O fundador do polêmico WikiLeaks está sob custódia da polícia do Reino Unido após se entregar nesta terça-feira (7) às autoridades. Ele aguardará preso seu processo de extradição para a Suécia, onde é acusado de quatro agressões sexuais por ter feito sexo sem preservativos, à revelia das mulheres.

O jornal coloca como ponto central da história as complexas leis suecas sobre estupro e abuso sexual. A brecha deu suporte para que as duas amantes, arrependidas de terem se relacionado com Assange sem camisinha, pudessem denunciá-lo mesmo que o sexo tenha sido consensual.

Assange conhece suecas após convite para seminário

Tudo começou, segundo o Daily Mail, quando o líder do WikiLeaks foi a Estocolmo no último dia 11 de agosto para participar de um seminário com o tema “guerra e o papel da mídia”.

Lá ele conheceu uma loira atraente apelidada de Sarah, feminista radical com cerca de 30 anos. Os dois nunca tinham se visto, mas em uma série de conversas de internet e telefone eles concordaram que, durante sua visita, Assange poderia ficar em seu pequeno apartamento no centro de Estocolmo.

Durante a estadia, o casal saiu para jantar e, quando os dois voltaram para o apartamento, fizeram sexo. O que não é contestado por qualquer um deles, reporta o Daily Mail, é que o preservativo se rompeu. Na ocasião, porém, os dois continuaram amigos a ponto de Sarah programar uma festa para ele em casa, no sábado à noite.

Admiradora atraente na primeira fileira chama atenção

No dia em que participou do seminário, a atenção de Assange caiu sobre outra sueca, na casa dos 20 anos, sentada na primeira fileira. Ela confessou ser uma grande admiradora de seu trabalho no WikiLeaks. Acredita-se que a jovem, chamada aqui de Jessica, também conheceu Sarah no evento.

Depois de várias investidas, primeiro de Jessica, depois de Assange, ele concordou em dormir na casa dela – isso na noite após Sarah ter dado uma festa em sua homenagem. O casal teria feito sexo por duas ocasiões: na primeira com camisinha e, na segunda, sem o preservativo. Jessica disse mais tarde que ficou chateada quando Assange se recusou a usar proteção.

Arrependidas, mulheres denunciam australiano

O Daily Mail diz que é difícil afirmar com certeza o que aconteceu depois. O mais provável é que Jessica tenha cogitado que poderia ter contraído uma doença sexual, ou ficado grávida, e decidido se abrir com a mulher que estava abrigando Assange na cidade – a outra amante, Sarah.

Após a conversa, Sarah pediu que Assange deixasse seu apartamento, e as duas foram à delegacia fazer a denúncia – hoje pública e com graves consequências para o australiano.

O Daily Mail sugere que o sentimento de traição pode ter motivado a denúncia.

- Como Sarah se sentiu ao saber que o homem que estava hospedando por três dias já tinha se envolvido com outra? Furiosa? Com ciúmes? Pronta para uma vingança? Talvez ela só tenha tomado as dores de outra companheira em perigo.

As identidades das duas permanecem em sigilo. Assange, por sua vez, alega inocência, além de denunciar uma suposta conspiração política contra ele. Inimigos do criador do WikiLeaks é que não faltam.

Fonte: R7