Um avião de combate apresentado como o primeiro bombardeiro furtivo chinês realizou seu voo inaugural, segundo fotografias publicadas nesta terça-feira pela imprensa oficial, mas o presidente Hu Jintao aparentemente não foi informado a respeito, segundo uma fonte americana.
Este batismo do avião furtivo J-20, que confirma os rápidos progressos de sua concepção e desenvolvimento, que acontece durante a visita a Pequim do secretário de Defesa americano, Robert Gates, cujo objetivo é melhorar as relações entre os dois países.
Fotos do avião J-20, voando sobre a província de Sichuan (sudoeste), foram publicadas em sites do jornal Global Times e da Agência China Nova. O voo de teste durou 15 minutos.
"Parece claro que nenhum dos civis na sala foi informado do voo", comentou uma fonte americana, que não quis ser identificada, referindo-se ao local da entrevista que Gates manteve com Hu Jintao, que é o chefe dos Exércitos.
Gates disse à impreensa ter falado abertamente sobre este voo inaugural com o presidente Hu.
"Ele disse que este voo não tem relação alguma com minha visita", afirmou Gates.
Mas uma fonte que se achava presente explicou que o chefe de Estado chinês chegou a consultar, separadamente, um conselheiro para poder responder à pergunta de Gates.
Jintao se reuniu Gates num momento em que os dois países tentam reconstruir suas relações militares sobre bases sãs, uma semana antes da esperada visita do presidente chinês a Washington.
O encontro ocorreu em um salão do Palácio do Povo, na Praça da Paz Celestial.
A visita de Robert Gates à China, a primeira desde 2007, simboliza "os novos avanços" nas relações militares EUA-China, declarou Hu Jintao, afirmando que a reunião com o chefe do Pentágono em Pequim permitiu que os dois países trocassem ideias "de maneira muito sincera".
Gates, por sua vez, transmitiu a Hu os cumprimentos do presidente Barack Obama, que o receberá em Washington no dia 19 de janeiro, e disse que os encontros com o presidente e com outras autoridades chinesas proporcionaram um avanço no sentido de "uma melhora a longo prazo" dos vínculos militares entre os dois países.
Fonte: AFP via Terra
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