O ministro de Assuntos Exteriores da Costa Rica, René Castro, afirmou nesta segunda-feira que o país enfrenta a uma "invasão armada" por parte da Nicarágua e não uma disputa fronteiriça, e declarou que o litígio que mantêm pela dragagem do rio San Juan é um "ecocídio".

Castro deu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira na Secretaria-Geral Ibero -Americana (Segib) em Madri para explicar a posição de seu país em relação ao conflito com a Nicarágua.

A Costa Rica acusou a Nicarágua perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) de violar sua soberania territorial por manter soldados em uma região de San José que afirma ser território costarriquenho.

Há poucos dias, a Nicarágua ressaltou à CIJ que suas tropas nunca invadiram o território costarriquenho e que o conflito é de natureza fronteiriça.

No entanto, o chanceler da Costa Rica disse nesta segunda-feira em Madri que não se trata de uma disputa fronteiriça, mas de uma "invasão armada".

Além disso, as autoridades costarriquenhas sustentam que, por causa dos trabalhos realizados, a Nicarágua está provocando deteriorações ambientais na região compreendida entre a desembocadura dos rios Colorado e San Juan, assim como no caudal do último.

"A Nicarágua mudou o desenho original do projeto unindo o rio San Juan à Laguna de los Portillos através do território da Costa Rica", disse Castro.

Ele ressaltou que se tratam de trabalhos "sem engenharia, sem planejamento, sem estudos de impacto ambiental" e acrescentou que representa um "ecocídio" sem um "benefício econômico ou social".
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O chanceler afirmou que seu Governo espera que em algumas semanas a CIJ dite medidas que envolvam a retirada dos soldados e o fim dos trabalhos de perfuração de um canal em seu território.

Fonte: Bol