O ex-primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, se encontra em estado de coma profundo há exatamente cinco anos, uma data que passou sem manifestações oficiais em um país que progressivamente parece esquecer o homem que dirigiu o campo nacionalista durante décadas.
O ex-homem forte israelense está hospitalizado no Centro Médico de Haim Sheba, do hospital Tel Hachomer, em Tel Aviv. Em novembro de 2010, foi trasladado durante um breve período para a Granja de Sicomoros, a propriedade de sua família no sul de Israel, na perspectiva de uma hospitalização domiciliar definitiva.
O premiê sofreu um forte derrame em 4 de janeiro de 2006 e entrou num coma profundo, do qual nunca acordou, deixando para trás um grave vácuo político do qual Israel até hoje tenta se recuperar.
O ex-homem forte israelense está hospitalizado no Centro Médico de Haim Sheba, do hospital Tel Hachomer, em Tel Aviv. Em novembro de 2010, foi trasladado durante um breve período para a Granja de Sicomoros, a propriedade de sua família no sul de Israel, na perspectiva de uma hospitalização domiciliar definitiva.
O premiê sofreu um forte derrame em 4 de janeiro de 2006 e entrou num coma profundo, do qual nunca acordou, deixando para trás um grave vácuo político do qual Israel até hoje tenta se recuperar.
Entre 30 de Julho a 16 de Agosto de 2005, o Primeiro Ministro de Israel, Ariel Sharon, expulsou 9.480 colonos judeus de 21 assentamentos na Faixa de Gaza. Em 4 de janeiro de 2006, Sharon sofreu um tipo raro de derrame chamado "embolia paradoxal". Após esta data, o ministro ficou em estado vegetativo.
Sharon entrou em coma cinco meses depois de uma radical virada em sua trajetória, quando retirou todos os colonos judeus e tropas da Faixa de Gaza após 38 anos de ocupação. Desde então, no entanto, os esforços de paz foram em vão.
Pouco tempo antes de sofrer o derrame, Sharon reconhecera que não estava seguindo à risca as recomendações médicas para perder peso e diminuir o ritmo de trabalho.
O ex-premiê se levantava muito cedo, trabalhava até tarde e fazia viagens ao exterior com frequência, em particular para os Estados Unidos, cujo voo partindo de Israel leva 12 horas.
Em novembro de 2005, ele deixou o partido Likud, que ajudara a fundar em 1973, e criou uma nova formação de centro, o Kadima. A decisão foi uma resposta à ala linha dura do Likud, que o criticou por ter saído de Gaza.
Arik, como é conhecido em Israel, foi eleito premiê pela primeira vez em 2001, depois da polêmica visita à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, que deu origem à segunda intifada palestina meses depois.
Sharon nasceu em 1928, quando Israel ainda era protetorado britânico, e começou sua carreira militar aos 17. Destacou-se nos campos de batalha logo após a fundação do Estado de Israel, quando das primeiras guerras contra os países árabes.
Como ministro da Defesa, planejou a invasão do Líbano, em 1982, e o cerco ao quartel-general da Organização pela Libertação da Palestina (OLP), de Yasser Arafat, em Beirute.
No ano seguinte, caiu em desgraça após ter sido considerado "indiretamente responsável" pelo massacre nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila, no Líbano, perpetrado por cristãos falangistas, que eram aliados de Israel na guerra. Graças a este episódio, Sharon ganhou de seus detratores o apelido de "Açougueiro de Beirute".
Aos poucos, recuperou sua reputação e retornou à vida pública, até tornar-se líder do Likud em 2000 e assumir a chefia do governo.
Ariel Sharon era conhecido por seu gosto pela vida na fazenda e pela trágica vida pessoal. Sua primeira mulher, Margalith, morreu em um acidente de carro em 1962. O único filho do casal, Gur, morreu em 1967 quando ele e um amigo brincavam com um rifle do pai.
Fonte: Bol
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