A França “cruza os dedos” para que a nova presidente do Brasil escolha os caças Rafale, da gigante francesa Dassault, reagiu nesta terça-feira a ministra da Economia do país, Christine Lagarde. A decisão de Dilma Rousseff de reexaminar todas as ofertas para a compra de 36 caças foi certamente uma ducha fria nos franceses, que imaginavam que a partida estivesse praticamente ganha no governo Lula.

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Mas Lagarde deixou claro: na concorrência para reequipar a frota do Brasil, sobretudo com os F-18 da Boeing americana, a França não jogará a toalha:

- Fizemos um enorme trabalho. Espero que os frutos desse trabalho sejam levados em consideração pela nova presidente e achamos legítimo que ela possa reexaminar novos dossiês e que possa afirmar sua autoridade - disse ela à rádio “Europe1”.
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Sobre transferência de tecnologia, Lagarde disse achar que a França “já se engajou bastante nesse domínio”:

- As discussões recomeçam. Cruzamos os dedos.

Na imprensa francesa, um representante da Dassault disse que a empresa está confiante:

- (Rousseff) quer tempo para estudar os dossiês através de diferentes protagonistas. Não há nada de extraordinariamente revolucionário nisso - disse o representante ao “Le Monde”.

Richard Labévière, redator-chefe da revista Défense, disse que, nas suas conversas com autoridades militares e do governo, sentiu todos mobilizados para ganhar a concorrência. A agressividade do lobby norte-americano não surpreendeu os franceses:

- Os franceses estão mais determinados do que jamais estiveram para defender o Rafale - disse Labévière

Fonte: Extra