No que o jornal descreveu como um esforço de Israel e Estados Unidos para minar as ambições nucleares do Irã, os testes do worm destrutivo Stuxnet ocorreram nos últimos dois anos no complexo altamente seguro de Dimona, no deserto de Negev.
O jornal citou especialistas das áreas militar e de inteligência com conhecimento de Dimona que afirmaram que Israel tem centrífugas praticamente idênticas às que o Irã tem nas instalações de Natanz, onde cientistas do país tentam enriquecer urânio.
"Para verificar se o worm funciona, você tem que saber quais são as máquinas", disse um especialista norte-americano em questões de inteligência nuclear ao jornal. "A razão da praga ter sido eficiente é que ela foi testada pelos israelenses."
As centrífugas do Irã têm sido atingidas por problemas desde uma rápida expansão de enriquecimento em 2007 e 2008, e especialistas em segurança especulam que o programa nuclear do país pode ter sido alvo de um ataque do Stuxnet, lançado a partir de outro Estado.
Em novembro, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que um software malicioso criou "problemas" em algumas das centrífugas de enriquecimento de urânio do país. Mas ele afirmou que os problemas foram resolvidos.
O jornal afirmou que o worm foi a mais sofisticada ciber-arma já colocada em ação e que há sinais de que ela foi o principal fator responsável pelo retardamento do ritmo do desenvolvimento nuclear do Irã. As fontes do jornal afirmam que a praga fez as centrífugas girarem sem controle e que um quinto delas foram destruídas.
Segundo o Times, não está claro se os ataques acabaram. Alguns especialistas acreditam que o código de programação do Stuxnet contém sementes para mais versões.
Israel tem denunciado o programa nuclear do Irã e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem dito que apenas a ameaça de ação militar vai impedir o Irã de construir uma bomba nuclear.
Apesar disso, acredita-se que Israel tenha construído mais de 200 ogivas atômicas nas instalações de Dimona, mas o país mantém uma política oficial de "ambiguidade" sobre seu poderio nuclear.
Fonte: Bol
0 Comentários