Todos os dias os sistemas da Nato sofrem cerca de 100 ciberataques, 5 dos quais poderiam ser muito graves. A organização do Tratado do Atlântico Norte já estendeu a sua intervenção às redes cibernéticas há vários anos mas quer atingir a operacionalidade total até 2012, defendendo infra-estruturas militares e civis.

A ciberdefesa é uma das prioridades do plano estratégico adoptado pela Nato em Lisboa em Novembro, onde os países membros da organização assumiram a importância crescente da protecção a nível dos Estados, cientes de que os países não estão imunes aos ataques de hackers e que é necessário proteger as infra-estruturas críticas.


Analysts at the National Cybersecurity and Communications Integration Centre (NCCIC) in Arlington, Virginia, preparing for Cyber Storm III, America’s first test of a blueprint for responding to an ememy cyber blitz targeting vital sectors.
Stuxnet in Iran

A primeira linha de defesa contra ciberataques está situada no quartel-general em Mons, na Bélgica, onde funciona o NCIRC – NATO Computer Incident Response Capability, criado em 2004.

Já em 2007 este centro teve um papel importante na defesa da Estónia contra um ataque que mostrou a fragilidade de alguns sistemas deste aliado da Nato. Mas as apostas são cada vez mais altas, com a multiplicação e a crescente sofisticação dos ataques.

O objectivo do NCIRC é que os vírus e malware sejam detectados e eliminados tão rapidamente quanto possível evitando consequências graves, e neste trabalho estão envolvidos especialistas de diferentes nações, que partilham conhecimentos e trabalham em conjunto para se manterem na linha da frente deste jogo.

“Se uma empresa comercial é afectada por um ciberataque pode significar o fim do seu negócio. Com a Nato as consequências podem ser mais graves devido ao que fazemos e onde o fazemos. Se perdermos a nossa rede de comunicações no momento errado isso pode implicar perda de vidas”, explica Ian J West, director do NCIRC.

Fonte: TEK