O worm Stuxnet pode ter destruído ou danificado seriamente cerca de 1000 centrífugas de urânio do programa nuclear iraniano.

De acordo com reportagem do jornal israelense The Jerusalem Post, uma nova análise do malware, que atingiu a usina de Natanz, revela que o estrago provocado por ele foi maior do que o imaginado inicialmente.

O estudo, divulgado pelo Instituto para Ciência e Segurança Internacional (ISIS), com sede em Washington, diz que a desativação de 1000 centrífugas na usina mês passado coincidiu com uma entrevista de Ali Akbar Salehi, então chefe da Organização Atômica Iraniana, que disse: "Há cerca de um ano e pouco, os ocidentais enviaram um vírus para nossas usinas nucleares".

O ataque que forçou a Microsoft a lançar uma correção de emergência no início de agosto pode fazer parte de um plano de ciberguerra.Worm alterou a velocidade de operação das máquinas e foi projetado para operar sem chamar a atenção dos militares do país, diz estudo.

Há cerca de 10 mil centrífugas modelo IR-1 na usina de enriquecimento de urânio de Natanz, de acordo com o estudo.

Especulações apontam que uma possível origem do vírus seria a Unidade de Inteligência Militar 8200 do exército de Israel, conhecida por suas capacidades em software. Outra pista aponta para os EUA. De acordo com um expert entrevistado pelo jornal israelense, ao menos dois países estão envolvidos no ciberataque.

David Albright, presidente do ISIS, disse que o Stuxnet fez com que as centrífugas do Irã variassem de velocidade. De acordo com o estudo, os motores desses equipamentos normalmente rodavam a 1007 ciclos por segundo para prevenir dano - o worm os fez acelerar para 1064 ciclos.

"Quando a velocidade começa a mudar, há vibrações que se tornam tão severas que podem quebrar o motor", disse Albright.

Ainda de acordo com ele, o número de centrífugas quebradas - cerca de 1000 - indica que o vírus foi projetado para fazer um trabalho sutil, sem chamar a atenção dos militares iranianos.

Fonte: IDG Now