"Os nossos pilotos, que se despediram da Força Aérea da Ucrânia, podem ser encontrados em toda a parte: Congo, Nigéria, Chade... Eu conversei pessoalmente com pilotos nossos que prestam serviço na Líbia. A maioria combate ilegalmente", declarou ao jornal Vladimir L., comandante do avião de transporte Il-76.
"Oficialmente, eles são contratados, por exemplo, para empresas de transporte de alimentos e outras mercadorias civis. Na prática, transportam fundamentalmente armas, munições, explosivos", explicou o piloto.
Segundo a mesma fonte, "as tripulações são constituídas fundamentalmente por ucranianos e russos" e o seu "salário, dependendo da intensidade dos voos e do nível de risco, varia entre os 100 dólares por hora de voo e os 10 mil por mês, ou mais".
Artiom, outro piloto mercenário com mais de 20 anos de prática, disse ao Segodnia que há pilotos ucraninos nas fileiras da Força Aérea da Líbia, Moçambique e Angola.
"Um camarada meu, primeiramente, trabalhou em Angola: ensinava os locais a voar nos MIG's, fornecidos ainda pela URSS. Depois, foi para a Líbia, pois lá pagam bem melhor: dez mil dinares (mais de 8 mil euros)... Ele ensina os aviadores líbios a voar nos Mig's". contou.
Segundo Artiom, aviões militares líbios são reparados na Fábrica de Aviões de Odessa, no Sul da Ucrânia.
A gerência da fábrica, contactada pelo jornal, respondeu que "isso é segredo de Estado".
O Ministério da Defesa da Ucrânia desmentiu estas notícias, mas os pilotos afirmam que isso é feito porque não há dados oficiais sobre o número de pilotos ucranianos que trabalham no estrangeiro.
A agência de inteligência norte-americana Stratfor denunciou que ucranianos pilotaram aviões que bombardearam manifestações na Líbia.
Fonte: DNnoticias
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