Um dia depois de ter reafirmado num discurso à nação que se manteria no cargo até setembro, Hosni Mubarak, 82 anos e há quase 30 no poder, partiu hoje ao princípio da tarde do Cairo para a estância turística de Charm el-Cheikh.
Ao final da tarde, o vice-Presidente, Omar Suleiman, anunciou ao país numa breve declaração de 30 segundos transmitida pela televisão que Mubarak renunciou e transferiu o poder para um conselho supremo das forças armadas.
O anúncio foi imediatamente festejado por centenas de milhares de manifestantes reunidos na praça Tahrir, epicentro das manifestações iniciadas a 25 de janeiro, e junto ao Palácio Presidencial, onde vários milhares se foram juntando ao longo do dia.
O Presidente egípcio, Hosni Mubarak, renunciou hoje ao poder depois de 18 dias consecutivos de contestação popular, uma decisão festejada com fogo de artifício nas ruas do Cairo e aplaudida por vários dirigentes mundiais.
Noutras cidades egípcias, como Alexandria e Assuão, centenas ou milhares de pessoas saíram também para as ruas para celebrar disparando tiros para o ar, lançando foguetes e formando longas filas de automóveis e motorizadas buzinando pelas ruas.
O conselho supremo que a partir de hoje vai dirigir o país é presidido pelo ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantaui, que ao fim da tarde se deslocou ao palácio presidencial para saudar a multidão que festejava a demissão de Hosni Mubarak.
Numa primeira declaração, o conselho assegurou que "não há alternativa à legitimidade do povo" e manifestou o seu agradecimento "a todos os mártires que sacrificaram a vida" a favor da liberdade do país.
Fonte: SIC
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