“A indústria controla a cultura, e isso é a causa da maioria dos problemas, já que a industria não se preocupa com os valores culturais, apenas com o lucro.”
Pedro Cipriano
Revista Nova Águia
Número 6

Por essa razão, defendemos que o Hiperconsumismo capitalista atual deve ser substituído por uma Economia Local, capaz de gerar localmente e de repartir localmente o essencial das necessidades locais e uma Economia Cultural, onde a produção de Bens e Serviços culturais assume a parte de leão não só das atividades económicas como também – e principalmente – da realização do indivíduo.

A Cultura não pode ser encarada como uma Indústria, esperando-se dela que seja “rentável” ou “auto-suficiente”. Ambicionar um ou outro objetivo implica que ambicionamos a ter uma cultura circense (“pão e circo”) feita apenas como forma de condicionamento das massas para a docilidade e boçalidade e não como meio de estas se individualizarem e se realizarem. A Cultura não é – não deve ser – um instrumento de controlo do Estado. A Cultura deve ser a forma essencial e universal de realização plena e global das imensas potencialidades criativas e produtivas do Homem, de expulsar este consumismo patológico que hoje nos domina e que – voraz – ameaça o futuro do próprio globo.

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Façamos a nossa Revolução Cultural, revolvendo também os nossos padrões éticos e sociais em novos caldos de sustentabilidade, respeito pelo Outro e pela Diferença, desprezando sempre o Egoísmo, o Imperialismo Cultural ou Económico e reencontrando no Homem aquilo que o Capitalismo Global (neoliberal e financista) julgou ser menor: a capacidade de cada um de nós ser realmente… Humano.

Por Pedro Cipriano - Via: Quintus