Gripen nas cores da FAB
A Suécia vai-se juntar aos países que, sob o comando da Aliança Atlântica, se dispõem a fornecer meios militares para garantir a zona de exclusão aérea e a protecção de populações civis sobre território líbio.

A possibilidade de a Suécia enviar um contingente está em discussão desde a passada semana, altura em que o ministro da defesa disse que uma força poderia ser disponibilizada se a Suécia fosse contactada para o efeito.

Guerra comercial

A Suécia é um país tradicionalmente neutral, embora possuam uma força militar considerável e tenha por exemplo participado em acções das Nações Unidas em África e até na Coreia.

Porém, há vários rumores e especulações que avançam que a participação sueca e especialmente das suas aeronaves, aparenta ter um outro interesse bastante menos nobre.

Desde que operação contra a Líbia teve inicio, entre os principais protagonistas das operações está o caça francês Rafale.
A aeronave francesa tem sido uma das estrelas do conflito, aparecendo em todos os noticiários, de todos os canais de informação do mundo.
Também o caça F-18 da Boeing, o caça F-16 da Lockeed e o Eurofighter Typhoon-II já participaram na operação.

Todos estes modelos de aeronaves estão envolvidos em competições internacionais para venda a países estrangeiros. O principal deste concurso é o programa indiano de aquisição de mais de uma centena de aeronaves.

O estatuto de «aeronave testada em operações reais», mesmo que sem combater, é da maior importância como argumento da estratégia de vendas de um fabricante, pelo que a Suécia estava a ficar atrasada relativamente ao seus concorrentes.

Os suecos encontram-se numa situação complexa, porque a sua aeronave não tem recebido qualquer propaganda internacional. Embora países nórdicos participem das operações, eles operam caças norte-americanos e nenhum dos países que operam o Gripen participa na operação.

Por esta razão surgem dúvidas sobre os verdadeiros motivos que levaram um país tradicionalmente neutral como a Suécia a decidir enviar oito caças Gripen, junto com um Hercules C-130 e uma aeronave-radar do tipo Saab-340 equipada com um radar Erieye.

Líbia sem força aérea

Desde que a intervenção das Nações Unidas teve inicio, a força aérea da Líbia desapareceu do mapa. Equipada com aeronaves da era soviética completamente obsoletas e com aeronaves francesas de ataque, os líbios optaram por evitar o que seriam missões suicidas.

Ainda assim, uma aeronave de treino de fabrico jugoslavo foi abatida no solo por aviões franceses, que também efectuaram ataques contra aeronaves líbias no solo.

A força aérea líbia, há muito que deixou de existir e os suecos deverão limitar-se a operações de garantia de exclusão aérea, caso alguma aeronave líbia decida violar a zona de exclusão.