O general responsável por investigar o ataque do Stuxnet ao programa nuclear do Irã afirma que o país recebeu um segundo ataque direcionado, chamado inicialmente de "Stars".

Até o momento, foram divulgados poucos detalhes sobre o suposto ataque, a não ser pelo fato de que ele parece ter sido direcionado a sistemas de computadores específicos do país. “Determinadas características sobre o worm Stars foram identificadas, incluindo o fato de que ele é compatível com o sistema (atingido)”, disse o general Gholam-Reza Jalali, diretor da Passive Defense Organization do Irã, em uma entrevista para a agência local Mehr News Agency.


O Irã está tentando reforçar suas ciberdefesas desde que foi atacado pelo vírus Stuxnet no ano passado. Acredita-se que esse worm teria sido escrito para sabotar o programa nuclear iraniano, ao atacar os sistemas de controle industrial das centrífugas de urânio do país.

Na semana passada, o general culpou a Siemens, cujos sistemas industriais foram afetados pelo Stuxnet, dizendo que a empresa alemã deveria “explicar como e por quê forneceu aos inimigos as informações sobre os códigos do software SCADA e preparou terreno para um ciberataque contra nós.”

Até o fechamento desta reportagem, a Siemens não havia respondido aos nossos pedidos de comentário sobre o assunto.

Especialistas em computação do Irã ainda estão estudando o malware Stars, de acordo com a agência Mehr. Já experts em ciberataques do ocidente dizem não ter certeza se aquele país realmente identificou um novo ataque. “Não sabemos se os oficiais do Irã acabaram de descobrir algum worm qualquer do Windows e anunciaram-no como um ataque de ciberguerra”, escreveu hoje em seu blog o pesquisador da F-Secure, Mikko Hypponen.

Fonte: IDG Now