O Secretário-Geral das Nações Unidas defendeu, ontem, em Genebra, numa conferência de imprensa, o fim imediato dos combates na Líbia e defendeu a continuidade do diálogo político.
Ban Ki-moon revelou ter dito ao Primeiro-Ministro líbio, Baghdadi Mahmudi, que defendia o fim dos ataques a civis.

"Defendi que devem ser realizadas negociações sobre um cessar-fogo imediato e verificável para permitir uma resolução pacífica do conflito", disse, acrescentando que é preciso pôr fim aos combates em Misrata e noutros lugares.

"Se isso acontecer, estamos em condições de continuar uma assistência humanitária e, paralelamente, o diálogo político", referiu.

"Tenho feito tudo o que é possível para fazer avançar a coordenação com a União Africana e outras coligações no local", frisou.


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África e União Europeia analisam a crise no país

Os membros do Conselho de Paz e Segurança da União Africana e da Comissão Política e Segurança da União Europeia vão abordar a crise na Líbia, anunciaram, na terça-feira, fontes da organização continental africana.

O actual presidente da Conselho de Paz e Segurança da UA, o sul-africano Lungile Pepani, e o permanente da Comissão de Segurança da UE, Olof Skoog, devem presidir ao encontro, que vai discutir um eventual cessar-fogo na Líbia.

Responsáveis da comunidade africana disseram que o Conselho de Paz e Segurança vai aproveitar a oportunidade para sublinhar "a necessidade de uma solução política da crise líbia" e a "construção de uma acção orientada para o consenso".

O encontro pretende também identificar vias e meios para reforçar a cooperação entre as duas instâncias, mas a questão do fim dos bombardeamentos da coligação internacional na Líbia é o principal ponto da agenda. O presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, disse, recentemente, que o Conselho de Paz e Segurança "condenou firmemente a utilização injustificada e excessiva da força ocidental na Líbia", que "viola os direitos humanos".