Os Estados Unidos consideram que o Conselho de Transição Nacional da Líbia, constituído pelos rebeldes que lutam contra o regime do líder Muammar Khadafi, é o “interlocutor legítimo e credível do povo líbio”, mas ao contrário de outros países, ainda não estão preparados para atribuir reconhecimento diplomático oficial àquela representação.

No final de um encontro entre o conselheiro de segurança nacional do Presidente norte-americano, Tom Donilon, e o ministro dos Negócios Estrangeiros do Conselho de Transição líbio, Mahmoud Jibril, a Casa Branca prometeu continuar a apoiar as acções dos rebeldes com vista à “transição política e ao futuro democrático” do país africano, nomeadamente através do reforço das contribuições financeiras a título de assistência humanitária. Os Estados Unidos acabam de autorizar uma nova parcela de 78 milhões de dólares ao seu programa de ajuda.

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O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, garantiu ainda que Washington mantém o seu compromisso com a missão militar liderada pela NATO na Líbia. Aliás, o Presidente Barack Obama reuniu-se na sexta-feira com o secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, para discutir o futuro da operação, concordando que os ataques da NATO só cessarão quando as forças de Khadafi pararem as agressões à população civil.

Mas apesar das renovadas promessas de apoio, o encontro acabou por ficar aquém das expectativas dos representantes rebeldes, que esperavam uma posição mais firme dos Estados Unidos. Como escreveu Jibril num artigo de opinião para o jornal The New York Times, a sua visita a Washington destinava-se a obter o reconhecimento do Conselho Nacional de Transição como “o único representante legítimo” do povo líbio – uma medida que o porta-voz da Casa Branca considerou “prematura”.

Como explicou Jay Carney, os Estados Unidos ainda não estão totalmente esclarecidos quanto à composição do conselho de transição dos rebeldes e aos seus objectivos de longo prazo. “A questão do reconhecimento diplomático é uma das muitas que estão ainda em análise, mas não antecipo que seja decidida em breve”, frisou o porta-voz.

Fonte: Publico