"Eu não vou dizer que o Brasil começou tarde demais, (mas) não estamos adiantados no Brasil", disse ele na Rússia, que será a sede do Mundial seguinte, em 2018.
"Não temos estádios, não temos aeroportos, não temos um sistema nacional de transporte prontos", acrescentou Valcke durante participação num seminário de futebol em Moscou.
A preparação brasileira para a Copa do Mundo tem sido bastante criticada tanto dentro quanto fora do país, que voltará a realizar um Mundial pela primeira vez desde 1950.
O novo estádio que será construído em São Paulo já foi descartado para a Copa das Confederações de 2013 porque não ficará pronto a tempo, enquanto várias obras, incluindo a reforma do Maracanã, sofreram aumento de custos.
"Entregar os estádios é a parte mais importante... é bastante trabalho", disse Valcke, efetivamente o número dois da Fifa e considerado o grande responsável pelo sucesso da Copa de 2010 na África do Sul.
O dirigente fez um alerta para que a Rússia esteja pronta em 2016 -- dois anos antes do início do campeonato.
Ele recusou-se a comentar diretamente sobre o escândalo de suborno que marcou a recente eleição presidencial da Fifa, acrescentando apenas que era "bom falar sobre futebol" para uma mudança.
Alexeis Sorokin, chefe-executivo do comitê organizador da Rússia para o Mundial, disse que o prazo de 2016 era "absolutamente realista", apesar da necessidade de construir ou reformar todos os estádios.
"Temos que construir bastante. Nós nunca escondemos o fato de que não temos nenhum estádio nos padrões da Fifa", disse.
O dirigente russo minimizou temores sobre racismo no futebol russo, apesar de o jogador brasileiro Roberto Carlos, que foi contratado pelo Anzhi Makhachkala em fevereiro, ter abandonado uma partida esta semana depois que uma banana foi jogada em sua direção dentro do campo.
Fonte: Reuters/UOL
Nota: A razão da imagem acima é simples: ja circula na internet que especula-se que esta poderia ocorrer na Alemanha. A Fifa está muito preocupada com a logística que envolve esta Copa de 2014. Os desafios são cinco ou dez vezes maiores que na África do Sul.
A Alemanha, diga-se de passagem, está tão preparada que nos próximos meses abrigará a Copa do Mundo de 2011 – das mulheres. É possível imaginar a pressão que patrocinadores começam a fazer para que um eventual fracasso no Brasil seja substituído por exemplar competição na Alemanha. A diferença entre o atraso nas obras do Brasil e da África do Sul é simples: as distâncias gigantescas em nosso país. Enquanto, na África, o voo mais longo entre uma sede e outra era, no máximo, de duas horas e meia, no Brasil os voos entre as sedes podem durar 4, 5 ou 6 horas. Fazer uma Copa com estas condições é muito mais delicado.
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