O regime líbio de Muamar Kadhafi retomou sua ofensiva neste sábado, apesar da mediação proposta na véspera pela Turquia, bombardeando pela primeira vez a cidade histórica de Ghadames, sudoeste de Trípoli, e o reduto rebelde de Misrata.
Em resposta às "garantias" oferecidas na sexta-feira pela Turquia para um exílio de Kadhafi, as forças do regime bombardearam Ghedames, a cerca de 600 km ao sudoeste de Trípoli, informaram fontes rebeldes.
"Os batalhões de Kadhafi bombardearam a cidade arqueológica de Ghedames pela primeira vez desde o início da revolução", informou uma fonte rebelde.
A AFP não pôde ainda confirmar estas informações com fontes independentes.
Ghadames, conhecida como a "pérola do deserto", é uma das cidades mais antigas da região pré-saariana. Denominada Cydamus durante o Império Romano, esta cidade fortificada se alidou a Roma através de Cornelius Balbus durante uma expedição vitoriosa contra o povo nômade dos Garamantes no ano 19 a.C.
Situada na fronteira com a Tunísia e a Argélia, a cidade faz parte do patrimônio mundial da Unesco desde 1986.
Mais ao leste, as forças de Kadhafi continuaram neste sábado bombardeando a região de Dafniyeh, na região de Misrata, cidade portuária rebelde localizada a 200 km a leste de Trípoli, afirmou a rebelião, sem citar vítimas.
Na mesma área, 20 pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas na sexta-feira em um violento bombardeio das forças do regime, segundo os rebeldes.
Ma fremte de Yebel Nafusa (oeste), os rebeldes citaram confrontos e bombardeios na sexta e no sábado, especialmente nas regiões de Kekla e Bir Al Ghanam.
Também denunciaram uma tentativa das forças de Kadhafi de entrar na cidade de Yefren, na mesma região, informando de "violentos confrontos", sem dar mais detalhes.
Ignorando a tentativa de mediação da Turquia e as pressões internacionais, o regime líbio comemorou neste sábado no aeroporto militar de Miitiga o 41º aniversário da "retirada das basea americanas" da Líbia, com a participação de grupos folclóricos e chefes tribais.
Em 11 de junho de 1970, poucos meses depois da chegada ao poder de Kadhafi, as tropas americanas foram obrigadas a abandonar o país e a deixar as bases militares da Otan.
Ao mesmo tempo em que ocorria a celebração, Trípoli voltava a ser alvo de bombardeios da Otan. Potentes explosões foram ouvidas entre as 16h00 locais (11h00 de Brasília) e as 17h00 (12h00 de Brasília) no centro da capital, sobrevoada desde a primeira hora da tarde por aviões caça, segundo um jornalista da AFP no local.
No plano humanitário, sete novos botes de imigrantes procedentes da Líbia chegaram à ilha italiana de Lampedusa com mais de 1.500 pessoas, entre elas mulheres e crianças, segundo a guarda costeira italiana.
Mais de 900.000 pessoas fugiram do país desde que começou o conflito na Líbia, que deixou milhares de mortos, segundo agências da ONU.
Fonte: UOL
Em resposta às "garantias" oferecidas na sexta-feira pela Turquia para um exílio de Kadhafi, as forças do regime bombardearam Ghedames, a cerca de 600 km ao sudoeste de Trípoli, informaram fontes rebeldes.
"Os batalhões de Kadhafi bombardearam a cidade arqueológica de Ghedames pela primeira vez desde o início da revolução", informou uma fonte rebelde.
A AFP não pôde ainda confirmar estas informações com fontes independentes.
Ghadames, conhecida como a "pérola do deserto", é uma das cidades mais antigas da região pré-saariana. Denominada Cydamus durante o Império Romano, esta cidade fortificada se alidou a Roma através de Cornelius Balbus durante uma expedição vitoriosa contra o povo nômade dos Garamantes no ano 19 a.C.
Situada na fronteira com a Tunísia e a Argélia, a cidade faz parte do patrimônio mundial da Unesco desde 1986.
Mais ao leste, as forças de Kadhafi continuaram neste sábado bombardeando a região de Dafniyeh, na região de Misrata, cidade portuária rebelde localizada a 200 km a leste de Trípoli, afirmou a rebelião, sem citar vítimas.
Na mesma área, 20 pessoas morreram e mais de 80 ficaram feridas na sexta-feira em um violento bombardeio das forças do regime, segundo os rebeldes.
Ma fremte de Yebel Nafusa (oeste), os rebeldes citaram confrontos e bombardeios na sexta e no sábado, especialmente nas regiões de Kekla e Bir Al Ghanam.
Também denunciaram uma tentativa das forças de Kadhafi de entrar na cidade de Yefren, na mesma região, informando de "violentos confrontos", sem dar mais detalhes.
Ignorando a tentativa de mediação da Turquia e as pressões internacionais, o regime líbio comemorou neste sábado no aeroporto militar de Miitiga o 41º aniversário da "retirada das basea americanas" da Líbia, com a participação de grupos folclóricos e chefes tribais.
Em 11 de junho de 1970, poucos meses depois da chegada ao poder de Kadhafi, as tropas americanas foram obrigadas a abandonar o país e a deixar as bases militares da Otan.
Ao mesmo tempo em que ocorria a celebração, Trípoli voltava a ser alvo de bombardeios da Otan. Potentes explosões foram ouvidas entre as 16h00 locais (11h00 de Brasília) e as 17h00 (12h00 de Brasília) no centro da capital, sobrevoada desde a primeira hora da tarde por aviões caça, segundo um jornalista da AFP no local.
No plano humanitário, sete novos botes de imigrantes procedentes da Líbia chegaram à ilha italiana de Lampedusa com mais de 1.500 pessoas, entre elas mulheres e crianças, segundo a guarda costeira italiana.
Mais de 900.000 pessoas fugiram do país desde que começou o conflito na Líbia, que deixou milhares de mortos, segundo agências da ONU.
Fonte: UOL
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