Numa entrevista ao jornal "Izvestia", Mikhail Marguelov contou que, durante a visita que em Junho fez a Trípoli, o primeiro-ministro líbio deixou claras as intenções do regime. “Se os rebeldes tomarem a cidade, vamos cobri-la de mísseis e fazemo-la explodir”, terá dito Baghdadi Mahmoudi.

O enviado russo não tem dúvidas que “Khadafi tem mesmo um plano suicida” e avisa que o regime não tem falta de munições: “Khadafi ainda não utilizou um único míssil terra-terra”.


O comandante das operações da NATO disse desconhecer qualquer plano para a destruição de Trípoli, mas revelou que as tropas leais a Khadafi receberam ordens para inutilizar refinarias e outras infra-estruturas no caso de serem forçadas a recuar.

A entrada dos rebeldes na capital é ainda um cenário distante — os últimos combates colocaram-nos a 80 quilómetros da cidade —, pelo que as atenções continuam centradas nas opções diplomáticas.

Amanhã, o Grupo de Contacto formado por países árabes e ocidentais reúne-se em Istambul para unificar estratégias que permitam o início de negociações, mas as perspectivas de progressos foram reduzidas depois de Khadafi — que esta semana dissera que estava disposto a abandonar o poder — ter pedido aos apoiantes para “marcharem” sobre Bengasi, o bastião dos rebeldes no Leste.

Fonte: Publico