O governo venezuelano mostrou nesta terça-feira pela primeira vez parte do armamento adquirido em Moscou nos últimos anos, como os tanques T-72, o que motivou o presidente Hugo Chávez a agradecer o apoio da Rússia, com quem mantém estreita relação.

Obús autopropulsado 2S19 Msta-S de 152mm junto al blindado de acompañamiento/puesto de mando MT-LBu


Tanque T-72B1 (Foto: John Tucker Barboza)

Obús autopropulsado 2S19 Msta-S de 152mm (Foto: Venancio Alcázares)


No desfile militar do Bicentenário da Independência, realizado em Caracas, os venezuelanos pediram para ver vários batalhões de T-72, assim como carros de combate BMP-3, fuzis Dragunov, sistemas antimísseis e veículos para o transporte de tropas, todo comprado da Rússia.

"Graças à Rússia, a seu governo e a seu apoio, hoje sim temos umas Forças Armadas de verdade. Felicidades!", escreveu o presidente Hugo Chávez em sua conta na rede social Twitter.

O presidente não esteve presente no desfile devido ao fato de estar se recuperando no palácio de governo em Caracas de uma operação realizada em Cuba na qual extraiu um tumor cancerígeno.

Entre 2005 e 2007, Caracas assinou contratos de compra de armas de mais de 4 bilhões de dólares para adquirir da Rússia aviões Sukhoi, helicópteros de combate e fuzis, entre outros.

Além disso, ajudada por um empréstimo de 2,2 bilhões de dólares concedido por Moscou, a Venezuela também encomendou em 2010 à Rússia tanques T-72 e um número não divulgado de mísseis de defesa antiaérea S-300.

O governo venezuelano assegura que esses investimentos milionários em armas, que a oposição considera excessivos, são necessários para modernizar as equipes e estar preparado para a defesa do país.

Todos os componentes das Forças Armadas, incluindo as milícias, civis treinados para funções militares, participaram do desfile de terça-feira.
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"Tremendo desfile popular militar! Digno desta Grande Festa Pátria Bicentenária! Cumprimento todos e todas", disse o presidente em sua conta no Twitter.

O general Carlos Alcalá, que dirigiu a exibição militar, usou os qualificativos de "socialistas, revolucionários e antiimperialistas" para se referir às Forças Armadas venezuelanas, que, por lei, devem chamar-se também "bolivarianas".

O desfile militar desta terça-feira foi concluído com o slogan "pátria socialista ou morte. Venceremos!".

Fonte: AFP/UOL


 05 Jul
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