Israel não planeja expandir suas forças militares terrestres em resposta à instabilidade no Egito e na Síria, mas melhorará o treinamento e a mobilidade para uma eventual movimentação de guerra, disseram autoridades israelenses nesta segunda-feira.
A queda em fevereiro do presidente egípcio Hosni Mubarak, um antigo aliado dos EUA, gerou preocupação em Israel com o acordo de paz feito pelos dois países em 1978 e pelo status desmilitarizado da península do Sinai, no Egito, na fronteira com Israel.
Na Síria, os protestos antigoverno e as tentativas dos manifestantes pró-palestinos de entrarem nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, também suscitaram questões sobre a estabilidade do armistício selado há décadas com o governo de Assad.
As autoridades que ajudaram a preparar o orçamento de defesa de Israel para o período de 2012 a 2017 disseram que ele não prevê acréscimos significativos às forças terrestres para combater Exércitos inimigos.
"Nossa capacidade atual é suficiente para nossas necessidades passíveis de previsão, embora investiremos mais em treinamento e na melhoria da mobilidade de resposta rápida, para permitir mais flexibilidade durante emergências," disse uma autoridade israelense.
O Instituto para Estudos de Segurança Nacional, um órgão da Universidade de Tel-Aviv que monitora o equilíbrio militar regional, disse que no ano passado Israel tinha entre 3.340 e 3.770 tanques, entre Pattons M60 norte-americanos ou Merkavas.
De acordo com o INSS, o Egito e a Síria têm número similar de taques. O Egito é armado pelos EUA, que no mês passado anunciaram um plano de vender para o Cairo 125 novos tanques de combate M1 A1 Abrams. As forças sírias são principalmente da era soviética.
Os governantes interinos do Egito, embora sejam publicamente frios com relação a Israel, mantiveram a cooperação bilateral.
No último semestre, Israel aprovou reforços pontuais de tropas egípcias no Sinai para combater o levante civil na região. Os israelenses também contaram com o governo egípcio para combater o tráfico de armas pelo deserto com destino aos palestinos na Faixa de Gaza.
Fonte: Reuters/UOL
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